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Ampliação da pista vai custar R$ 120 milhões

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Curitiba – Principal complicador das operações no aeroporto internacional Afonso Pena, a falta de teto para pousos e decolagens tem solução. E já está encaminhada. A Aeronáutica pretende instalar no local um equipamento ainda inédito no Brasil. É o ILS III, sigla em inglês para Sistema de Pouso por Instrumentos. A tecnologia é usada em aeroportos da Inglaterra, como Londres e Heathrow, onde a tradicional fog também insiste em baixar. O ILS III permite manobras sem nenhuma visibilidade da pista.

Atualmente, o Afonso Pena utiliza o ILS II, sistema implantado a partir de campanha deflagrada pela Gazeta do Povo, que defendeu a necessidade do equipamento para garantir a segurança das operações. Os instrumentos permitem que o piloto assuma o pouso manual quando o avião atinge 30 metros de altura. O sistema de segurança ainda inclui o ALS, que é um sistema de luzes na pista, para auxiliar em dias de nevoeiro. Mesmo assim, é um dos aeroportos considerados críticos pela Infraero, com vários registros de interrupção das operações por causa do mau tempo. No ano passado, em 62 dias os procedimentos de pouso e decolagem foram suspensos em razão da neblina. O aeroporto ficou fechado por 263 horas e 268 vôos foram cancelados. Os dados de 2007 também mostram vários casos de interrupção. Até 24 de julho, por 117 horas o aeroporto ficou fechado, com 165 cancelamentos. O Afonso Pena fica numa área baixa e úmida, com ventos fracos que demoram a dissipar os nevoeiros.

Perspectivas

Consultadas pela reportagem, as companhias aéreas TAM e Gol informaram que as aeronaves da frota possuem equipamentos capazes de reconhecer os sinais emitidos pelo ILS III. Depois de confirmada a instalação, os tripulantes precisariam passar por treinamentos. O diretor do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), brigadeiro Ramon Cardoso, anunciou que outros três aeroportos do Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul também devem receber o equipamento. O conjunto de aparelhos do ILS III custa US$ 2 milhões.

Nos planos da Infraero também está a implantação de outro sistema comum em aeroportos estrangeiros. A Runway Safety Area (Resa) é uma continuação da pista que serve como escape para as aeronaves. O Brasil é signatário de um acordo internacional que estabelece como padrão mínimo uma sobra de 90 metros e recomenda como ideal 240 metros de excedente, em cada cabeceira. Hoje o Afonso Pena já tem uma área de escape considerada segura, mas ela deve ser ampliada durante as obras da reforma da pista.

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