O terminal de ônibus do Cabral é o eixo central dos dias úteis de Teresinha Aparecida dos Santos de Lima, moradora de Colombo, na região de Curitiba. Além de ser ponto do ligeirinho Colombo/CIC, que usa para chegar a capital, é no terminal que a zeladora de 33 anos se encontra e se despede da família. Enquanto ela sai a pé rumo ao edifício residencial em que trabalha, o marido emenda uma conexão até o Centro, onde trabalha. Na volta, três vezes por semana, ela encontra o irmão.
O esquema funciona a partir de um respeito militar aos horários dos ônibus. Pela manhã, é necessário sair de casa às 5h50 para chegar ao terminal do Alto Maracanã, em Colombo, até, no máximo, 6h17. "Acho melhor andar de ônibus em dia de semana. No domingo é mais cheio e mais demorado", diz. A família possui um carro, usado nos finais de semana. Custos com gasolina e estacionamento estimulam o casal a manter o veículo na garagem de segunda à sexta.
Teresinha é uma usuária pragmática, que prioriza tempo sobre conforto. Costuma entrar no primeiro ônibus, desdenhando os passageiros que formam filas secundárias à espera de um veículo menos lotado. "Eu quero mais é chegar em casa", revela. "Quando estou sentada cochilo e, às vezes, cochilo quando estou de pé também. Já bati a cabeça no cano em uma freada", lembra. Ciosa da boa convivência nos ônibus, ela acusa posturas vistas como anticidadãs. "Esses dias fiz uma mulher descer junto comigo. Pedi licença e ela não deu espaço, então foi junto."
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