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A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que causou estardalhaço entre os produtores de fumo na terça-feira, prevê mais uma mudança para os derivados de tabaco.

Além da proibição de aditivos que possam mascarar o aroma ou o sabor original, como a adição das essências artificiais de menta e cravo, por exemplo, também estão proibidas expressões nas embalagens, como "light", "baixo teor" e "suave".

A agência defende que assim vai banir todas as expressões que possam "induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos produtos fumígenos". A regra já valia para cigarros des­­de 2001, mas só agora afeta os demais produtos, como charutos e cachimbos.

Reação

A indústria de tabaco vai se reunir na próxima terça-feira para discutir que medidas deve tomar frente à decisão da Vigilância Sanitária sobre a proibição dos aditivos. "Estamos aguardando a publicação oficial da nova norma para saber quais foram os termos usados e, a partir daí, medir quais serão os impactos de maneira precisa", afirma Carlos Galant, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo).

Segundo ele, só é possível adiantar que o setor já se preocupa com a maior entrada de produtos contrabandeados no país. "O fumante vai continuar consumindo esse produto."

Fernanda Lethier, gerente de marketing da Golden Leaf, fabricante de cigarros de cravo, afirma que a empresa deve tomar medidas legais contra a decisão da Anvisa.

"O cravo não é um aditivo. Nos­­so produto é uma mistura de cravo e tabaco. Essa decisão inviabiliza nosso negócio, que tem oito anos como marca consolidada no país."

Lethier afirma que a empresa, com sede na Indonésia, fez investimentos pesados no país e já pagou milhões em impostos ao governo. "A Anvisa sabe que nosso produto não usa cravo como aditivo, eles sabem a diferença, aprovaram nossa carteira."

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