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São Paulo e Curitiba – O maior ataque do crime organizado contra as forças de segurança já realizado no país deixou um saldo, até as 22h30 de ontem, de 72 mortos em São Paulo e 4 em Mato Grosso do Sul. Grande parte dos mortos são policiais civis e militares, integrantes de guardas metropolitanas e agentes de segurança de penintenciárias, num total de 35.

A ofensiva dos criminosos foi coordenada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e, além de São Paulo e Mato Grosso do Sul, também se espalhou por unidades de segurança do Paraná, onde presos de 4 cidades do interior do estado – Foz do Iguaçu, Cascavel, Toledo e Assis Chateaubriand – também se rebelaram.

Em São Paulo, onde começou a ação dos integrantes do PCC e concentrou a maioria dos crimes, foram mais de 100 os ataques em série iniciados na sexta-feira. Até o início da noite, as rebeliões em 44 unidades prisionais, espalhados por todas as regiões do estado, ainda não haviam sido controladas. Além dos ataques a delegacias, ontem, os criminosos atingiram ônibus.

Pelo menos 12 coletivos foram incendiados. Quase simultaneamente, a apenas algumas quadras de distância, dois ônibus foram invadidos e queimados nos bairros vizinhos Campo Limpo e Capão Redondo, na zona sul de São Paulo.

Em Mato Grosso do Sul, quatro pessoas foram assassinadas em rebeliões em quatro presídios. Mais de 150 foram feitas reféns. Até as 22 h não havia número fechado sobre feridos. As rebeliões começaram às 12 h em Campo Grande, Três Lagoas, Dourados e Corumbá.

Policiais civis e militares que tentavam conter o movimento afirmaram que três das vítimas fatais são presidiários de Campo Grande. A quarta ainda não havia sido identificada.

Os detentos afirmam que aguardam ordens do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo, para acabarem com as rebeliões e até o amanhecer, "muitas pessoas estarão mortas".

Foi montada uma espécie de quartel general das decisões, comandado pelo secretário de Justiça e Segurança Pública do MS, Raufi Marques, comandante da Polícia Militar, coronel Ivan de Sousa, e pelo diretor-administrativo da Agência de Administração do Sistema Penitenciária (Agepen), Luiz Carlos Telles.

A ordem repetida insistentemente pelas autoridades era a de que a população permanecesse em casa, por medidas de segurança.

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