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O próximo passo do Tribunal de Justiça no processo contra 23 manifestantes acusados de atos violentos, da 27.ª Vara Criminal, será no próximo dia 27, por carta precatória, para ouvir uma testemunha de acusação, em Brasília. Acusadas de chefiarem os black blocs e de incitarem manifestantes a praticarem atos violentos em protestos ocorridos desde junho de 2013, as ativistas foragidas Elisa Quadros, a Sininho, e Karlayne Moraes Pinheiro, a Moa, continuam sem paradeiro identificado.

Sininho e Moa não compareceram às audiências do processo já realizadas no Tribunal de Justiça. Acusadas de incitarem manifestantes a praticarem atos violentos em protestos ocorridos desde junho de 2013, elas entraram na sexta-feira (13) na lista do Portal dos Procurados, do Disque-Denúncia (2253-1177). Desde então, no entanto, nenhuma informação sobre o paradeiro das duas chegou na central de atendimento telefônico. Elas tiveram a prisão decretada em outubro, após terem supostamente desrespeitado medida cautelar que as proibia de participar de protestos.

Na última audiência, no dia 13, o juiz Flavio Itabaiana deu prosseguimento aos interrogatórios dos ativistas. Dois réus foram ouvidos. Felipe Proença de Carvalho e Shirlene Feitosa da Fonseca negaram todas as acusações. Os manifestantes respondem ao processo por associação criminosa.

Os acusados contaram detalhes da Frente Independente Popular (Fip), de como as manifestações eram organizadas e negaram que o movimento contava com qualquer forma de liderança, ressaltando ainda que as reuniões eram todas abertas. Parentes dos réus foram impedidos pelo juiz de assistir à audiência. Somente advogados, promotores e a imprensa puderam acompanhar os depoimentos, que se estenderam até a noite.

Os ativistas respondem a processo por depredação de patrimônio público e privado, uso de violência contra cidadãos, lesões corporais e corrupção de menores. Dos 23 acusados, três estão presos: Igor Mendes da Silva, Fábio Raposo e Caio Silva de Souza. Os dois últimos estão detidos por causa de outro processo, em que são acusados também da morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão num protesto na Central.

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