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O Bope no Paraná

Um decreto assinado pelo governador Orlando Pessuti (PMDB) no dia 27 de outubro deste ano elevou a Companhia de Choque da Polícia Militar (as Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais – Rone) à condição de batalhão. Com a alteração, o destacamento passou a se chamar Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Além da mudança de nome, segundo a PM, haverá melhorias estruturais: o Bope possuirá seis companhias e terá o efetivo de 254 homens dobrado.

É grave o estado de saúde da menina de seis anos de idade que foi atacada por um cão da raça Pit Bull nesta quinta-feira (9), no bairro Cajuru, em Curitiba. Ela permanece internada na UTI do Hospital Cajuru. Nesta sexta-feira (10), a tia da garota, Lenice Mariano, contou detalhes sobre o ataque sofrido pela sobrinha.

Segundo Lenice, a menina estava com a avó, que estendia roupa no varal do quintal, quando o cão a atacou por trás. "O cachorro mordeu na altura da nuca e não soltou mais. Ele sacudia a criança e ao tentar separá-los, a vó foi arrastada junto", conta. A senhora foi até a rua pedir ajuda e encontrou um carro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) –antiga Rone – que fazia patrulhamento na região. Os policiais arrombaram o portão e tentaram, sem sucesso, separar a menina do cachorro. Sem alternativas, eles atiraram contra o animal que morreu.

De acordo com a tia, a menina vivia há um ano na casa com a mãe e o padrasto que é o dono do cachorro. "Na casa viviam dois cães da raça Pit Bull e um Rottweiler, todos bem agressivos", explica. Segundo Lenice, os parentes avisaram o padrasto da menina sobre o risco que havia em manter os cachorros na casa. "Pelo menos um deles sempre ficava solto, o canil não oferecia segurança", diz.

Ainda abalada com o acontecimento, Lenice lembra que a menina teve uma infância sofrida. "Minha sobrinha nasceu de seis meses, perdeu o pai aos 11 meses, chegou a ficar cinco meses internada na UTI por problemas de saúde e até os dois anos de idade precisou se alimentar por meio de uma sonda, mas agora ela estava bem e saudável", lembra.

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Cajuru, onde a menina está internada, o quadro da paciente é grave e ela permanece na UTI. A garota sofreu lacerações no couro cabeludo e escalpelamento (retirada da pele que cobre o crânio) e passou por cirurgias bem sucedidas por toda a madrugada e manhã desta sexta-feira.

O padrasto da menina foi levado até a delegacia onde assinou um termo circunstanciado e foi liberado. A tia Lenice espera que o caso sirva de alerta para os proprietários de cães da raça Pit Bull para que a situação não volte a ocorrer.

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