• Carregando...
Nova tinta antipichação já foi utilizada no viaduto da Avenida Nossa Senhora da Luz, no bairro Alto da XV, em Curitiba | Ricardo Almeida/SMCS
Nova tinta antipichação já foi utilizada no viaduto da Avenida Nossa Senhora da Luz, no bairro Alto da XV, em Curitiba| Foto: Ricardo Almeida/SMCS
  • Produto impede que tinta utilizada por pichadores penetre na superfície de viadutos, passarelas e monumentos

Uma tinta especial que apaga as pichações de equipamentos urbanos está em fase de teste há duas semanas em Curitiba. O produto impede que a tinta utilizada por pichadores penetre na superfície de viadutos, passarelas e monumentos. Após a aplicação, a marca dos vândalos sai apenas com água e sabão.

A medida pretende melhorar a manutenção do patrimônio público da cidade, além de reduzir o prejuízo causado com a recuperação dos equipamentos pichados, que chega a quase R$ 1 milhão por ano. Para Mario Tookuni, secretário municipal de obras públicas, a tinta antipichação vai ser responsável por uma economia aproximada de 230 mil reais por mês.

Hoje, o serviço de recuperação dos equipamentos públicos pichados ocorre pelo menos três vezes ao ano. O custo do metro quadrado de tinta normal e mão de obra especializada sai por R$ 7. Com a tinta especial, a pintura vai ocorrer apenas uma vez a cada dois anos, ficando com o valor de R$ 12 a cada metro quadrado e mão de obra. "Temos a previsão de economizar até R$ 1 milhão por ano", diz Tookuni. Com a tinta especial, o valor gasto para limpar o patrimônio após a pichação será de R$ 3, referente ao custo da água e sabão.

Tookuni disse que há 15 dias o viaduto do Alto da XV com a Avenida Nossa Senhora da Luz, o viaduto que corta a Avenida Victor Ferreira do Amaral e a passarela no Hauer já foram pintados com a tinta especial antipichação. Segundo ele, estes são os equipamentos que mais sofrem com as ações dos pichadores em Curitiba.

Dados da Secretaria Municipal da Defesa Social, referentes ao primeiro quadrimestre deste ano, apontam 218 ocorrências de pichações em equipamentos públicos de Curitiba. A maioria está concentrada nos bairros da administração regional matriz, com 54 casos. Em seguida, vêm as regionais Boa Vista (45), Boqueirão (26), Santa Felicidade (24), Portão (21), Bairro Novo (19), Cajuru (15), Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e Pinheirinho, ambos com sete incidentes.

"Em Curitiba, há 240 mil metros quadrados de área para serem pintadas, até agora apenas três mil receberam a tinta", afirmou Tookuni. A Secretaria Municipal de Obras Públicas informou que a fase de teste da tinta especial continua e que vai abrir uma licitação em breve.

Denúncias

A população pode realizar denúncias contra ações de pichadores pelos telefones 153, da Guarda Municipal; 156, da Prefeitura; e 190, da Polícia Militar. Quando há uma denúncia, a Guarda Municipal aciona um veículo para conferir a suspeita.

Caso não seja registrado o flagrante, a ocorrência é encaminhada ao serviço de inteligência, que compara as informações e assim define a estratégica de atuação. O serviço especial também monitora os locais, para impedir a reincidência. A Guarda usa também as câmeras de segurança para flagrar pichadores.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]