Passaram-se pouco mais de dois meses desde a reinauguração e a Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, voltou a ser reformada. Agora será para corrigir um problema de infiltração nos vidros que expõem as calçadas antigas. E não é a primeira vez que o defeito foi diagnosticado: em julho, logo que a praça voltou a ser aberta, homens ainda trabalhavam no local para tentar vedar os vidros, colocando mais silicone.
"Nos últimos 15 dias, quando choveu bastante, percebemos que a vedação não foi suficiente. Isso acontece porque se trata de uma obra inédita ", alega o secretário do Meio Ambiente da prefeitura de Curitiba, José Antônio Andreguetto. A nova reforma deve terminar na semana que vem.
Desde que a praça foi revitalizada, a idéia de exposição permanente nunca funcionou por completo. Em julho deste ano a Gazeta do Povo mostrou que os vidros ficavam embaçados à noite e logo no início da manhã. O fenômeno ocorria por falha na ventilação a prefeitura pôs ventiladores para expulsar o ar quente e exaustores para sugar o ar frio. Ainda foi prometido que as pessoas poderiam andar sobre os vidros para poder enxergar melhor as calçadas, mas isso nunca aconteceu.
O secretário afirmou que não será permitido o acesso aos vidros para evitar acidentes, porque o local é escorregadio. "Percebemos que as pessoas conseguem ver as calçadas de diferentes ângulos, mesmo sem precisar pisar no vidro", diz.
Ainda segundo Andreguetto, os mesmos vidros receberão uma película protetora para protegê-los do desgaste e para facilitar na limpeza. A película também pode ser uma alternativa para amenizar os reflexos do sol que, durante o dia, deixam a calçada antiga pouco visível.
Ontem, o cenário da Praça Tiradentes era desolador. Pilhas de entulho estavam espalhadas nas proximidades dos vidros, o que levou a senhora Cassilda Teresin de Oliveira a pensar que se tratava de vandalismo. "Estava tão bonito, pena que durou pouco", diz. Ela foi até a praça levar o neto para conhecer como eram as antigas calçadas da cidade.
Já o garçom Edson Antonio de Melo, que costuma passar sempre pelo local, sabia das infiltrações. "Vi que estava ficando úmido", conta. "Em alguns locais chegaram a se formar pequenas poças de água."
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