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Mais um tiroteio assustou moradores do Complexo do Alemão, que recebeu duas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) há exatamente uma semana. Na noite desta terça-feira (24), policiais do 16º BPM trocaram tiros com bandidos nas proximidades da escola Tim Lopes, na subida da grota do Morro do Adeus.

Segundo a assessoria da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, um morador que não quis se identificar afirmou ter visto homens armados descerem de uma van minutos antes do início do confronto. No Twitter, outros moradores relataram que ouviram tiros de fuzil entre o Morro do Adeus e o Morro da Baiana. As duas áreas ainda não foram pacificadas.

Também na madrugada de terça-feira, policiais militares e bandidos trocaram tiros na região. O confronto ocorreu na comunidade Nova Brasília, uma das favelas que recebeu uma UPP. De acordo com a polícia, os PMs receberam denúncia sobre um ponto de venda de drogas em um local conhecido como Coqueirinho. Três pessoas envolvidas no tiroteio conseguiram fugir e deixaram para trás uma granada com a inscrição "morte UPP". Os policiais também encontraram munições para fuzil e cocaína.

As primeiras UPPs do Complexo do Alemão começaram a ser instaladas na quarta-feira da semana passada. A unidade na localidade da Fazendinha atenderá também as subcomunidades Relicário, Palmeirinha, Morro das Palmeiras, Vila Matinha, Parque Alvorada e Casinhas. Já a UPP Nova Brasília também será responsável pelo policiamento das localidades Ipê Itararé, Mourão Filho, Largo Gamboa, Cabão, Joaquim de Queiroz, Loteamento, Prédios, Aterro I e Aterro II. Ao todo, 660 policiais passaram a fazer parte do cotidiano de aproximadamente 40 mil moradores das 16 primeiras comunidades do Complexo do Alemão contempladas pelo programa de pacificação da Secretaria de Estado de Segurança.

O processo para a instalação das duras UPPs no Alemão, ocupado pelo Exército desde 2010, começou em março. A ação contou com 750 homens, que substituíram os militares do Exército nas favelas de Nova Brasília e da Fazendinha. As outras dez comunidades do complexo, onde o Exército mantém 1.800 militares, serão ocupadas pela PM gradativamente. Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, todo o processo de implantação das oito UPPs será concluído em 27 junho.

Assim que o processo de implantação das UPPs nos complexos do Alemão e da Penha for concluído, a base da Força de Pacificação, montada na antiga fábrica da Coca-Cola, na Avenida Itaoca, será transformada em sede do Comando de Polícia Pacificadora (CPP). Quando a sede do Bope for instalada na Maré, o CPP ocupará o atual quartel do batalhão, em Laranjeiras.

Dificuldade do processo de pacificação das comunidades

Com objetivo de conhecer de perto as dificuldades e experiências vividas pelos policiais no processo de pacificação, no dia 16 deste mês, o secretário Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, visitou as Unidades de Policia Pacificadora (UPP) da Mangueira e da Cidade de Deus. Na ocasião, Beltrame conversou com o capitão Leonardo Nogueira, comandante da UPP da Mangueira, e reafirmou que o processo de pacificação não é apenas uma questão de Segurança, mas de presença do Estado com serviços que resgatem a cidadania dos moradores. Na Cidade de Deus, o secretário caminhou pela comunidade com o major Felipe Romeu, comandante da UPP da área e conversou com alguns moradores.

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