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Além de Morretes, o município de Castro, nos Campos Gerais, também foi alvo de um estudo para tombamento do seu centro histórico. A proposta foi feita pelo Ministério Público do Paraná, em setembro de 2002. O estudo sobre a necessidade e o grau de importância dos imóveis já está pronto. Entretanto, o processo está parado na Secretaria Estadual de Cultura (Seec) e não tem prazo para ser concluído.

Em 2004, a Seec começou a preparar a documentação e o reconhecimento da área, que envolve em torno de 40 quadras da região central da cidade. Entre as justificativas para o tombamento está a forte influência do tropeirismo na criação do município, que já possui oito imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico. Entre eles, o Museu do Tropeiro, construído no século 18; a Fazenda do Capão Alto, com arquitetura da segunda metade do século 19; e a Igreja Matriz de Sant’Anna, que possui esculturas de madeira feitas pelo Frei Mathias de Gênova, no século passado, e lustres de cristal doados por Dom Pedro II.

De acordo com a advogada da prefeitura de Castro, Rose Nisgoski, houve um movimento da comunidade para não aceitar o tombamento na forma como foi apresentado pela secretaria. "Era praticamente a cidade inteira, e a ação já estava mexendo inclusive na parte econômica da cidade. Na área de comércio, o pessoal estava indo embora. Então o prefeito assumiu o compromisso de que, durante a sua gestão, não sairia o tombamento daquele jeito", afirma Rose.

A chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, Rosina Parchen, afirma que foi "dado um tempo" ao projeto. Ela não sabe quando o processo sairá do papel. "O que falta é o procedimento burocrático que diz respeito à legislação. Houve uma discussão pública e foram levantadas dúvidas. As pessoas acham que podem perder o valor do imóvel. Foi criado um tumulto, que não entendemos", disse Rosina.

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