Rio Vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais, a ex-presa política Cecília Coimbra, reagiu com indignação à nota do Exército lembrando o 31 de março, data do golpe militar de 1964.
"É profudamente lamentável, que em 2006, passados mais de quarenta anos do golpe militar, o Exército ainda lance esse tipo de nota. Isso acontece em um governo que tem vários ministros, entre eles a da Casa Civil (Dilma Roussef), que foram perseguidos pelo golpe militar. É desfaçatez dizer que o regime implantado pelo golpe teve apoio popular. O que é mais rizível é que a nota afirma que o terrorismo de estado favoreceu a implantação da democracia. Estão falando da democracia dos porões do DOI-Codi, dos desaparecidos políticos? Que tipo de democracia é essa? Da tortura, do desaparecimento, do seqüestro? Chega a ser revoltante", afirmou Cecília.Ontem o Tortura Nunca Mais relembrou os 42 anos do golpe militar, entregando a medalha Chico Mendes a dez pessoas ou entidades que tiveram papel importante na luta pelo fim da tortura e pelos Direitos Humanos.
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