O número de mortes violentas durante o feriado de carnaval desse ano aumentou 69,23% em Curitiba e região metropolitana, em comparação com o mesmo período de 2005. Foram 22 óbitos em 2006 contra 13 no ano anterior. O domingo foi o dia mais violento do feriado, com 18 pessoas mortas: 10 por homicídio, quatro em acidentes de trânsito, duas em suicídios, uma por afogamento e a última por causa ainda sob investigação.
A grande maioria dos casos aconteceu na capital. As mortes concentram-se em bairros da região sul e leste da cidade, como Umbará, Uberaba, Sítio Cercado, Cajuru e Tatuquara. Nesse período, duas pessoas foram mortas no centro de Curitiba. Uma delas, um estudante de 16 anos, baleado às 12h40 de segunda-feira na Rua Sete de Setembro.
Das mortes violentas em que o local pôde ser apurado, cinco delas aconteceram na região metropolitana. Em Pinhais duas pessoas morreram praticamente no mesmo horário, no bairro Jardim Weissópolis. Por volta das 22 horas de segunda-feira, um homem foi morto por arma de fogo e outro foi vítima de agressão física. Também foram registrados homicídios em Piraquara, São José dos Pinhais e Campo Largo.
Para o delegado-titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Adonai Armstrong, a maioria dos casos possivelmente está relacionada a drogas. "Se analisarmos caso a caso, iremos verificar que há algum envolvimento com drogas. Alguma cobrança de dívida ou uso excessivo de entorpecentes", afirma. "É um número (de mortes) significativo que não irá decrescer enquanto o problema das drogas não for resolvido", acrescenta. Armstrong conta que uma solução não deve ser encontrada em um curto espaço de tempo e que depende da participação de vários segmentos da sociedade.
Por outro lado, de acordo com os dados do Instituto Médico Legal (IML), o número de vítimas no trânsito diminuiu 21,42%. O número de mortes caiu de 14 para 11 (quatro atropelamentos). De todas as vítimas desse carnaval, apenas uma mulher morreu. Uma comerciante de 59 anos perdeu a vida, na terça-feira, em um acidente na BR-277, em Campo Largo. Durante o feriado todo, ainda foram registrados cinco suicídios, um afogamento, uma vítima de queimaduras e uma morte por causa desconhecida.
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