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Os trabalhadores da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) podem entrar em greve, a partir da próxima quarta-feira, se as negociações com a direção da empresa, na reunião marcada na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), na próxima terça-feira, não evoluírem para um acordo. O alerta é da União dos Sindicatos dos Trabalhadores da Sanepar (USTS). Os trabalhadores pedem uma reposição salarial de 20% referente a perdas desde 1998. A Sanepar, entretanto, até o momento, sinalizou com um aumento de 3,12%, referente à inflação do período.

Na terça-feira, parte dos trabalhadores da Sanepar irá cruzar os braços para participar de um protesto pelo aumento salarial. Na quarta-feira, às 8 horas, uma assembléia define se trabalhadores operacionais, técnicos e profissionais de nível superior entram em greve por tempo indeterminado. Caso a decisão seja pela paralisação, serviços essenciais como tratamento de esgoto e fornecimento de água tratada podem ser afetados.

Em nota, a Sanepar "reconhece que, em governos passados, pode ter ocorrido defasagem salarial", entretanto, diz que "a atual diretoria não pode responder pela política aplicada à gestão da empresa quando esta se encontrava em mãos do setor privado". A empresa diz não considerar a realização de uma greve, uma vez que mantém as portas abertas à negociação.

"Não queremos prejudicar a população, mas os trabalhadores só vão às vias de fato quando não há mais solução. Queremos que essa situação seja resolvida o mais breve possível", diz o coordenador da USTS, Gerti José Nunes.

A última greve dos trabalhadores da Sanepar ocorreu em 1989, quando houve uma paralisação por 14 dias que prejudicou o fornecimento de água em algumas localidades. A Sanepar possui 6,3 mil funcionários. Cerca de 2,3 mil participaram das assembléias entre os dias 2 e 17, que decidiram pelo indicativo de greve para o próximo dia 6. (TC)

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