Um protesto de trabalhadores do setor do turismo bloqueia a Ponte da Fraternidade, na fronteira entre Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e Puerto Iguazú, na Argentina. Desde a manhã desta quinta-feira (28), motoristas, guias turísticos e empresários brasileiros e argentinos impedem a passagem de veículos nos local. O grupo reclama do início da cobrança de uma taxa para que veículos de turismo utilizem um corredor especial para a travessia de turistas. A opção foi criada em 2002 pelos dois governos para agilizar o acesso dos visitantes e minimizar os longos períodos de espera nas filas formadas durante todo o dia.
Durante a manhã, os manifestantes impediam a passagem de veículos para o lado brasileiro da aduana. Pela tarde, eles mudaram para o lado argentino. A ação provocou filas de veículos ao longo de aproximadamente três quilômetros, na ligação entre as aduanas dos dois países.
A taxa, motivo do protesto, passou a ser cobrada após a mudança da diretoria do Departamento de Migração argentino e foi mantida após várias reclamações. “Estamos negociando há dois meses, mas não tivemos êxito. A última coisa que gostaríamos de fazer era fechar uma ponte internacional”, explicou o presidente da Cooperativa de Transporte e Turismo Alternativo de Foz do Iguaçu (Cootrafoz), Vitalino Capeletto.
Para usar a travessia de turistas, os valores tabelados são de 500 pesos para veículos pequenos, 750 pesos para vans e 1 mil pesos para ônibus (na cotação para o real, valores aproximados de R$176, R$264 e R$353, respectivamente). A categoria afirma que os valores cobrados, ao serem somados numa frota de veículos, podem influenciar no preço final dos serviços cobrados aos clientes. Capeletto também teme pela cobrança de outras taxas. “Ficamos sabendo que vem outras taxas por aí e queremos evitar isso”, disse. Para trafegar em território argentino, os motoristas já são obrigados a providenciar a Carta Verde – um seguro de responsabilidade civil que protege terceiros afetados por acidente de trânsito.
Devido ao protesto, quem tinha de fazer a travessia precisou percorrer a pé a ponte entre os dois países. Para outros, restou a paciência. A aposentada argentina Cristiane Fernandez, que veio da província de Córdoba, há 1,4 mil quilômetros de Puerto Iguazú, com um grupo de turistas, lamentou. “Temos que esperar. Não temos a mínima ideia de quando poderemos partir”, disse.
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