Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de todo o país se reúnem em assembleia, na noite desta segunda-feira (10), para decidir se entram em greve por tempo indeterminado. Caso seja aprovada, a paralisação deve começar já na terça-feira (11), afetando principalmente a triagem e distribuição de correspondências. Os servidores reivindicam reposições salariais, fim das horas-extras e das terceirizações. As assembleias serão realizadas regionalmente e no Paraná ocorrem em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa.
Os trabalhadores devem avaliar se aceitam a proposta apresentada pelos Correios durante as últimas negociações. A ECT oferece 5,2% de reposição salarial e aumento no vale-alimentação (que passaria de R$ 25 para R$ 26,50) e no vale-cesta (que saltaria de R$ 140 para R$ 147).
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Beatriz Fernandes, acredita que a tendência é de que a categoria rejeite a proposta apresentada pelos Correios e inicie uma greve. "O que a empresa ofereceu está muito aquém do reivindicado e sequer repõe as perdas salariais dos últimos anos", disse.
De acordo com o Sintcom-PR, os funcionários defendem reposição salarial de 33%, 10% de aumento real, além de R$ 200 de aumento linear (a todas as funções). Os servidores também pedem correções nos benefícios (vale-refeição e vale-cesta), o fim das terceirizações e das horas-extras. "Ao invés de chamar pessoas que foram aprovadas em concurso, a empresa tem optado por terceirizações", apontou Beatriz.
Caso a greve seja aprovada, o sindicato deve definir na assembleia uma estratégia para efetivar a paralisação. Segundo Beatriz, um porcentual dos trabalhadores deve ser mantido na ativa, mesmo com a greve.
O setor de comunicação da ECT deve emitir uma nota ainda na tarde desta segunda-feira, esclarecendo o posicionamento da empresa em relação ao movimento dos trabalhadores.
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