Brasília Apesar do reajuste de R$ 30 no valor do novo mínimo, trabalhadores, pensionistas e aposentados consideram o reajuste como insuficiente. É o caso da auxiliar de limpeza Marquênia Suedi Lima, que ganha um salário mínimo. "Não acho que o aumento foi o suficiente", disse. Marquênia trabalha na Rodoviária de Brasília em dias alternados e, nos dias de folga, trabalha como manicure para complementar a renda. Os gastos com água e luz, dela e do filho de 2 anos, somam R$ 80. Além disso, há a despesa do aluguel, de R$ 170. "Se eu não fizer trabalhos extras, não consigo dar assistência mínima para o meu filho", comentou.
A pensionista Francisca Rosa da Conceição, 59, também ganha o equivalente a um salário mínimo. Ela mora com três filhos, mas só o mais velho trabalha, recebendo o mesmo valor. A auxiliar de ensino Raimunda Sousa de Araújo, com renda de dois mínimos, também critica o valor do aumento. "As pessoas dependem desse dinheiro para sobreviver e ele é muito pouco. Por isso tem tanta gente que trabalha informalmente."
Já o aposentado José da Rocha Batista, 73, entende que o salário deveria ser de, no mínimo, R$ 600. Ele mora em casa própria com a companheira, e os dois juntos têm uma renda mensal equivalente a dois salários mínimos. Segundo Batista, as contas de água, luz e telefone custam, em média, R$ 180 juntas. "E daqui a uns dias o preço dos alimentos, do transporte e do remédio também terá reajuste."
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