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Alunos que colam também foram alvo das questões polêmicas | Reprodução / RPCTV
Alunos que colam também foram alvo das questões polêmicas| Foto: Reprodução / RPCTV

"Um bebê recém-nascido é lançado verticalmente para cima pelo seu desnaturado papai. O bebê atinge a altura de 80 metros. Determine a velocidade do lançamento." Essa é uma das questões de um trabalho de Física, aplicado aos alunos do 1º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Hugo Simas, centro de Londrina, no Norte do Paraná, que deixou estudantes, pais e a direção da escola surpresos. O Núcleo Regional de Educação (NRE) informou, na manhã desta quarta-feira (13), que fará uma intervenção pedagógica para entender o caso.

Além de pedir para calcular a velocidade da queda do bebê, a professora que elaborou o trabalho também sugere aos alunos que determinem a altura da queda de um professor que pula do telhado "após pensar um pouquinho sobre a vida". Em outra pergunta, a professora cobra dos estudantes a velocidade em que um "político filho da p..." atinge o solo após queda livre de uma construção de 245 metros de altura.

"Quando fiquei sabendo dos termos usados no trabalho pensei que fosse de literatura. Alguns autores usam termos meio fora do usual. Como sou professora de matemática e física, fiquei realmente surpresa", revelou a chefe do NRE, Lúcia Cortez.

Consultada, a direção da escola disse que os pais e a professora foram ouvidos e o caso será resolvido da "melhor maneira possível". Nesta quarta-feira (13), as equipes pedagógicas tanto da escola quanto do núcleo vão se reunir para definir que medidas tomar em relação ao caso.

Lúcia disse acreditar que a estratégia tomada pela professora, de 60 anos, ao usar palavrões no trabalho não foi a mais acertada. "Cada aluno vem de uma formação diferente e isso precisa ser respeitado. Não dá para mudar o que já foi feito. Agora, é preciso conversar para entender em que contexto esse trabalho foi formulado", disse a chefe do NRE. Ela não descarta punições administrativas à professora.

Para os pais, restou a indignação. "Eu não concordo. Que tipo de educação ela está transmitindo para os nossos filhos dentro da sala de aula?", questiona a mãe de um dos alunos, em entrevista à RPCTV.

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