Rio de Janeiro Dois ônibus foram incendiados na manhã de ontem, nas proximidades do morro da Mangueira (zona norte do Rio de Janeiro). O ataque, segundo versão da polícia, foi uma resposta de traficantes a uma operação da Polícia Civil na favela que resultou na morte de três suspeitos de integrar o tráfico.
A confusão teve início por volta das 9 horas, quando aproximadamente cem homens da Delegacia de Roubo e Furto de Cargas e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) ocuparam a Mangueira para cumprir seis mandados de prisão contra supostos assaltantes de cargas que estariam no morro.
Durante a ação, houve um intenso tiroteio, de acordo com policiais, no qual três homens acabaram sendo mortos.
Um grupo de traficantes, então, teria deixado a Mangueira e seguido em direção ao vizinho morro do Tuiuti. Segundo a polícia, de lá eles desceram para a Rua São Luiz Gonzaga, onde incendiaram dois ônibus. Os criminosos ainda atearam fogo a um carro, a pneus e a um sofá. Depois fugiram.
Fogo
Segundo o cobrador Célio de Oliveira Lima, 41 anos, cerca de 20 homens armados com fuzis e pistolas pararam o ônibus, mandaram os passageiros descerem e atearam fogo ao veículo. "Eles disseram ou desce ou morre", declarou. Nesse coletivo havia pelo menos 20 passageiros.
Por precaução, a polícia interrompeu o trânsito na Rua São Luiz Gonzaga e também na Rua Ana Néri. Com medo, os comerciantes baixaram as portas de seus estabelecimentos.
Até o fim da tarde de ontem, apenas um dos mortos no tiroteio no morro da Mangueira tinha sido identificado: Adriano da Silva, 30 anos. Sua carteira de trabalho indicava que ele atuava como servente de pedreiro. A polícia, no entanto, o acusa de ser ligado ao tráfico de drogas.
Com os mortos, os policiais afirmaram ter apreendido um fuzil AK-47, duas pistolas, um revólver, cerca de 1.300 porções de crack e um pé de maconha, além de cadernos com a contabilidade do tráfico.
Nenhum dos mortos estava na relação de pessoas procuradas pela Polícia Civil.
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