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Campo Mourão - A Festa de Natal dos presos na delegacia de Campo Mourão, no Centro-Oeste, denunciada pela RPC TV Maringá, expôs mais um grave problema: o tráfico de drogas na cadeia era comum. É o que demonstram as gravações divulgadas pela polícia civil ontem.

Em um dos trechos, o preso Éder Amorin conversa com um traficante que está fora da cadeia. "É de mil o bagulhinho?", pergunta o preso. "Ra­­paz do céu, não tem melhor na cidade", responde o traficante. Amorin ainda comenta, referindo-se ao crack: "Nós estamos com um ali que vou falar, parece uma pedra de mármore."

Em outra ligação, Amorin conversa com mais um traficante, Gilmar Cavalcanti, preso na quinta-feira passada, durante a Operação Vila Cândida. Na gravação, Cavalcanti questiona: "Mas, então, quanto que é cada caixa?". Amorin responde: "Então, eu fiz um negócio bom, bem baratinho. Tá na minha mão, não interessa não?", oferece o detento. Caval­­canti é o mesmo traficante que mantinha contato com a jornalista Maritânia Forlin, presa na semana passada acusada de trocar favores com criminosos.

Segundo o delegado José Aparecido Jacovós, o material encomedado era entregue aos detentos pelos familiares. Os presos que aparecem nas gravações são os mesmos que participaram da festa de Natal – com a ajuda de carcereiros, eles tiveram acesso a mil latas de cerveja, além de maconha e cocaína.

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