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A gestão de Geraldo Alckmin em São Paulo é a base de seu programa de governo. Os três primeiros cadernos – saúde, micro e pequenas empresas e habitação – saíram do forno ontem para exame da coordenação da campanha. O texto, de 23 páginas, traz versões "nacionais" de programas paulistas como Poupatempo, Dose Certa e Banco do Povo. Elogia a gestão de José Serra na Saúde e se compromete a "combater os desvios de recursos" na área. Propõe redução de juros e carga tributária para microempresas, além de uma "Política Nacional de Educação Empreendedora". Na habitação, o tucano promete criar o "Poupatempo Habitacional", simplificando a liberação de FGTS para aquisição de moradia, e projetos voltados para a terceira idade, chamados de "Moradia de Prata".

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Arara 1 – Está à beira da implosão o palanque de Alckmin no Paraná. Defenestrado do posto de vice na chapa de Roberto Requião pelo comando nacional do PSDB, o tucano Hermas Brandão já avisou que apoiará Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado contra Alvaro Dias. E ameaça ir de Lula.

Arara 2 – Como Requião (PMDB) vai se licenciar, Brandão assumirá o governo e, nessa condição, receberá Lula. Presidente da Assembléia, ele quer o couro do PSDB, que melou a aliança no Paraná quando Brandão já não tinha mais prazo para se candidatar a deputado.

Padrão Aécio – Segundo pesquisa Sensus feita para a TV Tribuna, Lula tem 71,7% das intenções de voto em Pernambuco, seu estado natal. Alckmin aparece com 10,2%, e Heloísa Helena, com 4,5%.

Bololô – Na sucessão pernambucana, Mendonça Filho (PFL) tem 30,5%, Humberto Costa (PT), 23,1%, e Eduardo Campos (PSB), 17%. Todas as simulações de segundo turno apontam empate técnico.

Haja coração – Enquanto Cláudio Lembo (PFL) diz contar as horas para deixar o governo, a Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes abriu licitação para comprar eletrocardiógrafo e desfribilador.

Gênero – Foi de olho no eleitorado feminino que Heloísa Helena optou por dizer, no debate e na propaganda, que é candidata a "presidenta".

Tempo real – Pouco depois de o programa de Alckmin na TV bater bumbo para a extensão do metrô, o site de Lula colocou no ar reportagem sobre a liberação de R$ 118 mi do BNDES para a linha verde.

Palavrão – Na abertura de estilo "foi Lula que fez", o programa do presidente exibiu ambulâncias do Samu. Mas, como o veículo virou símbolo do escândalo sanguessuga, o locutor mencionou apenas "emergências médicas".

Doeu – Foram identificados um "empobresse" e um "obcesão" nas legendas que acompanharam a fala de José Maria Eymael (PSDC).

Nacional – Fernando Gabeira é do Rio, mas foi dele a imagem que abriu o programa dos candidatos do PV em Brasília.

Sortido – Ancorado por Celso Russomano, o horário do PP-SP foi um verdadeiro desfile de mensaleiros e sanguessugas. Lá estavam Irapuan Teixeira e Ildeu Araújo e do mensaleiro Vadão Gomes. Mas nada de Paulo Maluf.

Bronca geral – Renan Calheiros (PMDB-AL) enquadrou Ney Suassuna (PB) e Wellington Salgado (MG). Não gostou de o primeiro ter deixado a liderança do PMDB sem consultá-lo e muito menos de o segundo tê-lo arrastado para seu bate-boca com Fernando Gabeira (PV-RJ).

Desabafo – Tão logo a CPI dos Sanguessugas entregou o relatório a Renan, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) pediu audiência com o presidente do Senado. Ao "tudo bem?" de Renan, foi logo disparando: "Tudo bem tirando as aves de rapina".

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TIROTEIO

* Do economista César Benjamin, vice na chapa de Heloísa Helena, sobre as disparidades no tempo de televisão dos candidatos.

– Pior do que a dificuldade do PSOL por ter só um minuto para Heloísa Helena é o drama do PSDB, que precisa sustentar um programa de 12 minutos com o empolgante Geraldo Alckmin.

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