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Um tratamento de última geração para o câncer ginecológico – doença que mata cerca de 4 mil mulheres, por ano, no Brasil – começa a ser oferecido em Curitiba, também para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde (SUS). A braquiterapia de alta taxa de dose (HDR), como esse tipo radioterapia interna é chamado, está disponível no Hospital Erasto Gaetner. A principal vantagem é que a paciente não precisa mais ficar internada: no modelo tradicional de braquiterapia, a mulher ficava três dias no hospital; com a HDR, o tempo de permanência é reduzido para uma hora.

Além do Erasto Gaertner, no Paraná, apenas os hospitais Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, região metropolitna de Curitiba, e Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, oferecem o tratamento. O alto custo de implantação do procedimento – que chega a US$ 400 mil – é o que faz com que, em todo o país, poucos hospitais ofereçam o tratamento.

Precisão

No tratamento do câncer ginecológico com HDR, uma semente radioativa é introduzida no organismo da mulher via vagina, o que permite um procedimento com alto grau de precisão e menos trauma, já que atinge diretamente o tumor, poupando células sadias e outros órgãos próximos. Por isto, de acordo com especialistas, o HDR é extremamente seguro e preciso, aumentando os índices de cura da doença, quando associado à radioterapia externa e à quimioterapia. "Irradiamos uma área menor, com mais precisão", afirma o radioterapeuta do Hospital Erasto Gaertner, Gustavo Smaniotto.

Durante o tratamento, em média são feitas quatro sessões ambulatoriais, uma por semana. Cada inserção dura aproximadamente 45 minutos. "Pelo método antigo, para que a fonte radioativa não se movesse dentro do corpo, a paciente precisava ficar totalmente imóvel, com dieta líquida, sonda e completamente isolada, por três dias", relata o médico Antônio Della Verde Mendonza, do Hospital Erasto Gaertner. Além do incômodo, a internação sempre trazia os riscos comuns à prática, como infecções hospitalares. "Estou feliz com este tratamento, houve diminuição do tumor", afirma a aposentada Rosana Ribeiro Marinho, 43 anos, usuária do HDR.

Além do tratamento de câncer ginecológico, os centros especializados no HDR começam a expandir o procedimento para outras patologias. "Já estamos utilizando para alguns tratamentos de tumores na cabeça e pescoço. Vamos expandir agora para a próstata, pulmão e mama ", diz o diretor-clínico da Unidade de Radioterapia do Hospital Angelina Caron, José Carlos Gasparin.

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