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Curitiba – Manutenção. Será esse basicamente o trabalho da empresa que arrematar o lote 7 – trecho de 382,3 quilômetros entre Curitiba e Florianópolis –, abrangendo as BRs 376, 101 e 116. O leilão destes trechos foi suspenso por uma liminar solicitada pelo Ministério Público Federal do Paraná. As empresas paranaenses Copel e Ecorodovias se habilitaram para disputar o trecho.

Totalmente duplicada, bem sinalizada e com asfalto em boas condições na maior parte do percurso, a estrada que liga as duas capitais precisa apenas de reparos. Obras que são mais urgentes do lado paranaense, na BR-376. A pior parte está logo na saída de São José dos Pinhais, com muitos buracos, ondulações e remendos com prazo de validade vencido. Na descida da serra, algumas falhas na pista e muretas quebradas também chamam a atenção.

Após a divisa dos estados, já com o nome de BR-101, os buracos se tornam mais raros. Os únicos senões são a falta de conservação das pontes e viadutos, ondulações e remendos aparentes em certos locais.

Mesmo com a entrega da concessão se aproximando, o governo federal continua fazendo obras em Santa Catarina. Como no trecho entre os quilômetros 73 e 100, na região de Barra Velha – onde a pista está sendo renovada – ou a construção de dois viadutos, um pouco depois de Balneário Camboriú e outro nas cercanias de Florianópolis.

Quem não está gostando da idéia são os comerciantes instalados nos pontos nos quais serão instaladas as cinco praças de pedágio da concessão. "Ninguém nos informou nada ainda, mas acho que teremos de sair daqui né. Imagina, para colocar aquelas cabines de cobrança terão de alargar toda a pista", lamentou a proprietária de uma lanchonete, que está localizada no quilômetro indicado para a instalação de uma das praças de pedágio.

Depois de esbravejar contra a privatização, ela pediu para não ser identificada. Mais calma, fez um último comentário pensando coletivamente. "Se for realmente para melhorar as estradas e o dinheiro que o governo gastaria ser investido em outra coisa, talvez valha a pena. Mas vai saber..."

Já Michel Ozias Ferreira, atendente de uma banca nas cercanias do quilômetro 2 da BR-101, em Garuva, onde ficará a segunda praça do trajeto, encontrou uma vantagem no que deve tirar a paciência de muitos motoristas: "Pelo menos poderemos sair com mercadoria para vender nas janelas (dos carros) quando tiver congestionamento."

Quem vai de Curitiba a Guaratuba ou Joinville terá de encarar duas filas para abrir a carteira. Se o destino for entre Barra Velha e Porto Belo são três paradas. Para chegar a Florianópolis quatro e qualquer destino mais ao Sul, cinco contribuições para a empresa vencedora do leilão.

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