Trecho da BR-116 teve um acidente por dia em julho

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Acidentes de trânsito se tornaram rotina em um trecho de 15 quilômetros da BR-116, entre Curitiba e Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), só neste mês de julho, 26 acidentes foram registrados no local – uma média de quase uma ocorrência por dia.

A pista de mão dupla está mal conservada, cheia de buracos, com pouca área de acostamento e sinalização precária, segundo motoristas e moradores da região que pedem providências urgentes. "Tem de duplicar a rodovia o quanto antes. Todo fim de semana morre gente aqui", afirma a zeladora de um posto de combustíveis localizado no quilômetro 122, Maria do Carmo Wosniak.

Na última sexta-feira, uma colisão entre uma Ipanema e um Voyage, no quilômetro 119, matou quatro pessoas e deixou outras duas com ferimentos graves. Encaminhadas ao Hospital do Trabalhador, elas não correm risco de vida e passam bem. "Este trecho está mal sinalizado. Se o motorista não tiver atitude, o carro vai para o mato", reclama Vilmar Dolenga, pai e cunhado de duas vítimas.

No mesmo trecho, um acidente envolvendo três veículos causou a morte de cinco pessoas, no último dia 22. Quatro membros da mesma família morreram no local. Um caminhão que ia no sentido Curitiba não conseguiu fazer uma curva e tombou sobre uma moto e um Escort. Apenas o motorista do caminhão e uma passageira do Escort, de 4 anos, sobreviveram.

"A pista está muito ruim e tem muito movimento", avalia o caminhoneiro Antenor Morgenstern, que aponta como solução a duplicação da pista. O caixa de posto, José Moacir Lang, que perdeu cinco amigos em acidentes na rodovia, acrescenta a necessidade de uma nova lombada eletrônica para o controle de velocidade. Já para a cozinheira Aparecida Isabel da Silva, uma passarela para pedestres poderia resolver um pouco o problema. "Tenho de atravessar a rodovia todos os dias. Às vezes, acabo me arriscando porque não tem como passar."