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Um trem operado pela Vale e que transportava combustível descarrilou nesta sexta-feira (1) na Estrada de Ferro Carajás (EFC) na altura do município Buriticupu, no Maranhão. No acidente, 11 dos 30 vagões tombaram, obstruindo a ferrovia. Em nota, a mineradora informou que já tomou as medidas de seguranças necessárias para evitar danos ao meio ambiente.

De acordo com a ONG Justiça nos Trilhos, o acidente provocou um vazamento de gasolina e óleo diesel à beira do Rio Pindaré. Com 686 quilômetros de extensão, o rio é um dos maiores do Estado. "O vazamento tende a comprometer drasticamente o abastecimento de água de todas essas famílias (de moradores próximos ao rio), que normalmente já se dá em condições precárias", diz a organização.

Cada vagão tanque do trem tem capacidade para transportar 98 mil litros de combustível. A Vale ainda não tem informações sobre a quantidade de gasolina e óleo diesel vazado. A ferrovia EFC é a principal via de escoamento das operações da Vale no Pará até o porto de Ponta da Madeira no Maranhão. Atualmente, a Vale trabalha na duplicação da estrada de ferro, obra necessária para viabilizar o desenvolvimento do megaprojeto Serra Sul, na região. O projeto é orçado em US$ 20 bilhões.

As obras de duplicação da ferrovia chegaram a ser paralisadas pela Justiça Federal, que apontou irregularidades no licenciamento ambiental feito sem realização prévia de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. A decisão foi derrubada após 45 dias, dando aval ao retorno das obras de duplicação. Para a ONG Justiça nos Trilhos, o acidente está relacionado à urgência imposta pela mineradora das obras de duplicação dos trilhos. Na nota, a Vale informou que por conta do acidente as viagens no trem de passageiros pela ferrovia estão canceladas até domingo.

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