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São Paulo – Três advogados suspeitos de atuar como pombos-correio do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram presos ontem. Segundo o Ministério Público, a advogada Valéria Dammous intermediava a realização de rebeliões a mando do PCC; o advogado Eduardo Diamante comprava celulares e os entregava a presos ligados à organização; e a advogada Libânia Catarina Fernandes Costa foi contratada para passar recados entre os presos.

Para os promotores, os advogados "transformaram-se em agentes do crime organizado, mostrando total desprezo e falta de consideração para com o nobre exercício da advocacia".

Os mandados expedidos contra os três advogados são temporários e válidos por cinco dias. O prazo poderá ser prorrogado de acordo com as necessidades das investigações. Por telefone, a reportagem não conseguiu contato com os suspeitos presos. A OAB-SP também não se pronunciou.

Indiciamento

Em Franca, na região de Ribeirão Preto (SP), o delegado Benedito Carlos Quiodeto, da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), encerrou o seu inquérito e indiciou a advogada Adriana Telini Pedro por associação ao tráfico.

A advogada é acusada de ligação com o crime organizado. Após gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, em 2005, dois inquéritos foram abertos contra ela.

Além desse, encerrado na Dise (pois Adriana tentou ajudar a filha de um presidiário a localizar uma porção de maconha), na semana passada, no qual o delegado pediu a prisão preventiva da advogada, outro foi concluído na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e o delegado Wanir José da Silveira Júnior a indiciou por formação de quadrilha e também pediu a sua prisão preventiva, mas o juiz da 1.ª Vara Criminal, Luciano Franchi Lemes, ainda não se manifestou.

Na semana passada, o Tribunal de Ética e Disciplina, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), regional de Ribeirão Preto, suspendeu Adriana Telini Pedro, preventivamente (por ofender a dignidade da categoria), por 90 dias, de exercer a função. A suspensão não é definitiva.

A advogada é suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), pois teria dado informações importantes sobre seus clientes aos bandidos da facção criminosa, que poderiam assaltá-los.

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