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Brasília – A disputa por cargos na cúpula da Câmara fez 16 dos 20 partidos formarem ontem três grandes blocos para lotear as 11 vagas disponíveis na chamada Mesa Diretora. O interesse das legendas era manter ou ampliar o espaço a que cada uma tem direito dentro da regra de respeito ao tamanho das bancadas. Quanto maior a bancada, melhores os cargos a que o partido tem direito. Por isso, dos 513 deputados, apenas 19 (3,7%) pertencem a legendas que não se associaram aos novos grupos.

O maior bloco tem oito partidos, todos da base do governo, com 273 deputados. Estão reunidos nele PMDB, PT, PP, PR (partido formada pelo PL mais Prona), PTB, PSC, PTC e PT do B.

Reuniram-se também PSDB, PFL e PPS, somando 153 deputados. O terceiro bloco é formado por PSB, PDT, PC do B, PAN e PMN, com 68 parlamentares.

Prazo

Os próprios líderes dos partidos que se uniram reconhecem que os blocos têm prazo de validade.

Assim que forem eleitos os integrantes da Mesa Diretora e os presidentes das comissões permanentes da Câmara, os dois maiores blocos serão desfeitos. As comissões deverão ser formadas até março.

O líder do PSDB, Antônio Carlos Pannunzio (SP), classificou como "um desserviço à democracia" a formação de blocos partidários para garantir vagas da Mesa, mas disse que foi a única forma de reagir à formação dos outros grupos.

O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), foi claro: "O PFL fez bloco em defesa de sua vaga na Mesa. É um bloco para garantir o que julgamos correto", disse Maia. Sem o bloco, o PFL e o PSDB poderiam ficar sem titulares na Mesa.

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