Três policiais e um comerciante são presos e acusados de homicídio

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Um comerciante e três policiais, sendo dois civis e um militar, foram presos nesta sexta-feira acusadas de envolvimento na morte do entregador de pizza João Luiz Pereira Silveira, 36 anos, em março deste ano. Os policiais ainda são acusados de concussão (extorsão feita por funcionário público).

De acordo com o site oficial do governo do estado, o investigador Wilson Lopes, 29 anos, foi preso na delegacia de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba (RMC), onde trabalha. Airton Paulo Ribeiro, 48, investigador do 10.º Distrito Policial, foi preso em sua residência, em São José dos Pinhais. (RMC). Ribeiro também foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Na casa dele foi apreendido um revólver calibre 38, sem procedência.

O policial militar José Odenir Lopes, 39, também foi preso em sua casa, na Cidade Industrial de Curitiba. Ele estava lotado na 2.ª Cia do 13.º Batalhão da Polícia Militar. Com ele foram apreendidas munições de diversos calibres e duas notas de R$ 50 aparentemente falsas. Estas notas foram apreendidas e encaminhadas para a Polícia Federal. O comerciante Paulo Celso Leamari Castro, 31, foi preso em casa, no bairro Uberaba, em Curitiba.

A polícia ainda não sabe quem atirou no motoboy. A arma encontrada na casa do investigador Airton Paulo Ribeiro passará por uma perícia no Instituto de Criminalística, para descobrir se foi a usada no homicídio.

O crime

No dia 14 de março deste ano, o entregador de pizza João Luiz Pereira Silveira teria sido preso pelos investigadores Lopes e Ribeiro e levado ao 1.º Distrito Policial de Curitiba por falsificação de notas e tráfico de drogas. No momento da prisão, ele teria entregado o comerciante Paulo Celso Leamari Castro, que é dono de um lava-car no bairro Cajuru, como envolvido nos crimes.

Para liberar o motoboy, os policiais teriam exigido o pagamento de propina no valor de R$ 10 mil. Silveira teria entregado R$ 2 mil e segundo as investigações, o restante do dinheiro seria entregue dois dias depois, no lava-car de Castro. Por volta das 9h do dia 16, todos teriam se encontrado no lava-car para fechar a negociação e os policiais estariam em um Fiat Tipo vermelho.

Na noite de 16 de março, o entregador de pizza foi morto com dois tiros na cabeça, na marginal da BR-277, no Jardim das Américas. Segundo uma testemunha, ele teria descido de sua moto na via marginal para conversar com uma pessoa que estava em um Fiat Tipo vermelho, parado na rodovia.

Em outra linha de investigação, porém, a Corregedoria levantou que Paulo Celso Lemari Castro faria parte da trama de extorsão, juntamente com os policiais. Com a prisão de todos os envolvidos, a corregedoria fará acareações entre os presos para conseguir desvendar o caso.