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Os três policiais que trabalhavam no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), envolvidos com um suposto esquema de extorsão, tortura e sequestro de traficantes de Campinas, que estavam foragidos, se entregaram na manhã desta terça-feira, 30, em São Paulo.

Silvio Cesar de Carvalho Videira, de 44 anos, Daniel Dreyer Bazzan, de 35 anos, e Leonel Rodrigues Santos, de 42 anos, se entregaram acompanhados de seus advogados, por volta das 6h, na sede da Corregedoria da Polícia Civil. Os três eram os únicos que continuavam foragidos, desde o dia 15, quando foi decretada a prisão temporária de 13 policiais, a pedido do Ministério Público e da Corregedoria.

Segundo investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), policiais do Denarc teriam montado um suposto esquema de cobrança de propina para deixar traficantes de Campinas, liderados pelo sequestrador Andinho, venderem drogas na cidade.

Entre janeiro e maio deste ano, eles teriam extorquido, roubado, torturado, ameaçado de morte e sequestrado traficantes e familiares do grupo, em Campinas, para receber R$ 300 mil.

Os policiais também são acusados de vazar informações para os traficantes de uma investigação envolvendo Andinho, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o tráfico de drogas em Campinas.

Dos 13 policiais que tiveram a prisão decretada, quatro já foram liberados pela Justiça a pedido do Gaeco. Os promotores afirmam, no entanto, que a liberdade dos investigados não significa que eles sejam inocentes ou que não serão denunciados formalmente.

Dos três policiais que se entregaram nesta terça-feira, Videira e Santos estavam no 90ª Distrito Policial (Parque Novo Mundo), da capital, e Bazzan, no 73ª DP (Jaçanã). Eles foram transferidos do Denarc em maio, quando começaram a surgir informações de que estariam envolvidos em irregularidades.

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