• Carregando...
Suzana Moura Gazani: uma das 23 mortas em Almirante Tamandaré. | Rodolfo Bühero/Gazeta do Povo
Suzana Moura Gazani: uma das 23 mortas em Almirante Tamandaré.| Foto: Rodolfo Bühero/Gazeta do Povo

Três acusados de assassinar e esconder o corpo da empregada doméstica Suzana Moura Gazani foram condenados ontem em julgamento realizado no 2º Tribunal do Júri de Curitiba. Ananias de Oliveira Camargo, Ozana Dias de Oliveira e Adão Ribeiro foram considerados culpados pelo homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver ocorrido no dia 20 de abril de 2002, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. O caso fazia parte de uma série de 23 mortes misteriosas de mulheres em Tamandaré – a maior parte nunca foi desvendada pela polícia.

A promotoria afirmou que o crime foi uma queima de arquivo. Os réus, segundo a acusação, integrariam um grupo de extermínio. Suzana tinha 22 anos quando foi morta. Seu corpo foi encontrado enterrado numa chácara cerca de dois meses e meio depois do crime, em 5 de julho de 2002.

Este é o segundo caso, entre os 23 casos de morte de mulheres em Almirante Tamandaré entre 1999 e 2002, que termina com condenação dos acusados. O servente Luciano Reis dos Santos, que confessou o homicídio da professora Teresinha Elizabete Kepp, pegou 21 anos de prisão. Em dois outros casos – relativos às mortes de Maria da Luz Alves dos Santos e de Joyce Devitte Katovich – 17 réus, entre eles policiais e ex-policiais, aguardam em liberdade o julgamento no júri popular.

Outros casos registrados na época permanecem sem solução. A morte de Vanessa Ekert é um exemplo. Num primeiro momento, dois motoqueiros foram presos como suspeitos. Eles ficaram quase três anos na cadeia, até se descobrir que havia um engano: testemunhas voltaram atrás e disseram que o autor do crime era um ex-policial militar. Os rapazes foram absolvidos em júri popular.

Ficha

Ananias de Oliveira Camargo, um dos homens condenados ontem, responde a pelo menos cinco ações penais. Ele é acusado de outros homicídios, roubo e por formação de quadrilha. Num dos processos ele é apontado como comparsa do grupo de policiais e ex-policiais que pode ter sido responsável pela morte de outras mulheres em Almirante Tamandaré.

Logo que foi preso, Camargo foi reconhecido como o autor da morte de um cabeleireiro na região do Cachoeira, na grande Curitiba. Segundo o site do Tribunal de Justiça (TJ), Camargo já havia sido condenado no passado por homicídio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]