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Foram condenados com penas de prisão que variam de 14 a 21 anos, em julgamento realizado nesta quinta-feira (22) no 2º Tribunal do Júri de Curitiba, os três acusados de assassinar e esconder o corpo da empregada doméstica Suzana Moura Gazani. Ananias de Oliveira Camargo foi condenado a 21 anos de prisão. Ozana Dias de Oliveira e Adão Ribeiro, receberam pena de 16 e 14 anos respectivamente. Os três foram considerados culpados pelo homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver ocorrido no dia 20 de abril de 2002, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba.

No julgamento, que começou às 9h, a promotoria utilizou como argumento a tese de crime de queima de arquivo por parte dos réus, que integrariam um grupo de extermínio, enquanto a defesa, com advogados diferentes para cada réu, tentou negar a autoria do crime. Ainda cabe recurso contra a condenação e os advogados de defesa pretendem analisar os termos da sentença para decidir se recorrerão ao Tribunal de Justiça.

Suzana Moura Gazani tinha 22 anos quando foi morta. Seu corpo foi encontrado enterrado numa chácara cerca de dois meses e meio depois do crime, em 5 de julho de 2002. Este é o segundo caso, entre os 23 casos de morte de mulheres em Almirante Tamandaré entre 1999 e 2002, que termina com condenação dos acusados. Antes deste julgamento, o servente Luciano Reis dos Santos, que confessou o homicídio da professora Teresinha Elizabete Kepp, pegou 21 anos de prisão. Em dois casos, das mortes de Maria da Luz Alves dos Santos e Joyce Devitte Katovich, 17 réus, entre eles policiais e ex-policiais, aguardam em liberdade o julgamento no júri popular.

Porém, outros casos registrados na época permanecem sem solução. A morte de Vanessa Ekert é um exemplo. Num primeiro momento dois motoqueiros foram presos como suspeitos. Eles ficaram quase três anos na cadeia, até se descobrir que havia um engano: testemunhas voltaram atrás e disseram que o autor do crime era um ex-policial militar. Os rapazes detidos foram absolvidos em júri popular.

Outro caso envolto em mistério é o da professora Natalina de Fátima Kapp, que desapareceu na noite de 28 de março de 2001, no trajeto entre o trabalho, em Curitiba, e a sua residência, no distrito de Tranqueira, em Almirante Tamandaré. O corpo foi encontrado numa chácara, dentro de um matagal, uma semana depois. Nenhum suspeito foi preso.

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