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O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em Porto Alegre, negou o pedido de habeas-corpus ao empresário Marco Antônio Mansur, do grupo MAM, acusado de ser o mentor intelectual de um esquema de fraudes em importações. A decisão, da oitava turma do TRF, saiu na noite desta quarta-feira.

Mansur e o filho, Marco Antonio Mansur Filho, foram presos em São Paulo, durante a "Operação Dilúvio" - deflagrada pela Polícia Federal em oito estados e nos Estados Unidos e resultou na prisão de 97 pessoas. Pai e filho estão presos no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, em São Paulo e devem ser transferidos para Curitiba.

A secretária de Mansur, Alessandra Salewski, que também foi presa pela PF, conseguiu um habeas-corpus junto ao TRF. Ela estava presa em São Paulo e deve ser solta ainda na manhã desta quinta-feira. Alessandra está sendo acusada de realizar a parte burocrática das negociações e vai responder ao processo em liberdade.

A intenção da PF é que Mansur e o filho sejam ouvidos na Superintendência em Curitiba, já que a operação foi coordenada no Paraná e as investigações estão concentradas no estado. Apesar da intenção, não há previsão para que pai e filho sejam transferidos.

Esquema

A PF acredita que o grupo tenha sonegado US$ 500 milhões em tributos aduaneiros - no maior esquema de fraudes descoberto no Brasil. O grupo, ainda de acordo com a PF, atuava há pelo menos dez anos, num esquema que envolvia empresas de fachada e empresários "laranjas" para a importação a preços subfaturados de produtos de marca.

A organização comprava produtos em Miami (EUA) e enviava para o Brasil com o valor bem abaixo. Esta diferença, segundo a PF, voltava para os EUA por doleiro ou conta CC5 (usada para fazer remessas legais). As notas de importação, com os valores subfaturados, eram falsificadas no Brasil.

Operação

A "Operação Dilúvio" foi deflagrada em oito estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo. Ao todo, 97 pessoas foram presas, sendo 32 no Paraná. Durante a operação foram apreendidos, entre outras coisas, carros importados, R$ 1,36 milhão, farta documentação e computadores. Somente na casa do empresário - Aldo Hey Neto, funcionário da secretaria da Fazenda do Paraná, foram apreendidos U$S 450 mil (R$ 960 mil) em dinheiro, além de jóias e obras de arte.

Além do montante, o que chamou a atenção foi um Porshe preto apreendido na casa de Antônio Carlos Lucchesi Filho. Tanto Lucchesi quanto Hey Neto permanecem presos em Curitiba.

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