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Ultrapassagens na contramão ou pelo acostamento são comuns na rotatória que liga o Bacacheri ao Bairro Alto hoje | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Ultrapassagens na contramão ou pelo acostamento são comuns na rotatória que liga o Bacacheri ao Bairro Alto hoje| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Execução: Obra terá atraso de um ano

A trincheira que fará a ligação entre as ruas Gustavo Rattman, no Bacacheri, e José Zgoda, no Bairro Alto, é a primeira obra da Linha Verde Norte. Inicialmente prevista para ser iniciada no ano passado, a intervenção deverá ser feita a partir do segundo semestre deste ano, com duração estimada de sete meses.

O edital de licitação foi lançado em agosto do ano passado. O investimento previsto, de R$ 12 milhões, corresponde à contrapartida do município para a segunda etapa da transformação do trecho urbano da BR-476 em avenida.

Com pista simples de 10 metros de largura, em mão dupla, a obra permitirá a passagem de apenas um carro em cada sentido. As intervenções incluem a construção de calçadas, implantação de nova rede de drenagem, pavimentação e sinalização.

De acordo com a assessoria de comunicação social da prefeitura, a licitação está em fase de avaliação técnica das propostas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

  • Veja que obra deve ser iniciada no segundo semestre deste ano

Ir para o trabalho e voltar para casa é um tormento diário para os motoristas que passam pelo cruzamento entre as ruas Fa­­gundes Varela e José Zgoda e a BR-476, entre o Bacacheri e o Bairro Alto, na zona norte de Curitiba. Nos horários de pico, das 6h30 às 8h30 e das 17h30 às 19h30, as filas se espalham nos dois sentidos das duas vias, e alguns motoristas impacientes desafiam a lei cometendo uma série de imprudências, como trafegar pelo acostamento. A esperança dos moradores e comerciantes da região é que os problemas se resolvam com a construção de uma trincheira ligando as duas ruas, evitando o cruzamento em nível com a rodovia. Com duração estimada de sete meses, a obra, que marca o início da implantação da Linha Verde Norte, deve começar no próximo semestre (ver box).

O cabeleireiro Eugênio Gery, que tem um salão na Rua Gustavo Rattman, está otimista com a implantação da trincheira. Segundo ele, é comum os clientes ligarem para cancelar as horas marcadas por causa dos atrasos causados pelos engarrafamentos. "Tenho clientes do outro lado da BR que marcam horário depois das 18 horas, que é quando saem do trabalho", conta. "Os atrasos chegam a 50 minutos."

A intervenção também é bem-vinda para Luciano Gos­­teinski, funcionário de uma oficina mecânica. "Alguma coisa precisa ser feita, pois há um excesso de carros nos horários de pico", afirma. "Quando as pessoas estão indo para o trabalho ou voltando, é impossível andar."

O administrador de empresas Luiz Henrique Azevedo Oliveira é outro defensor da trincheira. "É bom para quem tem comércio aqui na Gustavo Rattman, pois vai ganhar visibilidade: todo o movimento da Fagundes Varela vai desembocar aqui, assim como o movimento no sentido Bairro Alto-Bacacheri", argumenta. "Vai haver um período de ‘entressafra’ durante as obras, mas depois o trânsito vai melhorar." Recém-formado, Luiz Henrique lembra que chegava a levar meia hora para ir à Unibrasil, onde estudava – um trajeto de aproximadamente quatro quilômetros.

Já o comerciante Moacir Ama­­ral é cético. "Não vai adiantar. Cada vez que se cria uma via nova, au­­mentam os carros, porque a cidade não para de crescer", afirma.

Alargamento

O vereador Jair Cézar (PSDB) protocolou pedido na prefeitura para alargar a Fagundes Varela temporariamente, até a conclusão da trincheira. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, a proposta ainda não foi analisada pelos técnicos.

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