Pais e filhos fazem trocas de figurinhas| Foto: André Rodrigues / Gazeta do Povo
O rei da figurinha, Gerson Teixeira, é uma das figuras mais procuradas na Praça
Todo mundo empenhado em completar o álbum da Copa
Pais e filhos vão à Praça para trocar figurinhas
Crianças e adultos trocam e compram figurinhas

Vai ter Copa para a Ucrânia, sim. A equipe caiu diante da França nas eliminatórias para o torneio, mas pelo menos em Curitiba, a praça que leva o nome do país do leste europeu é o ponto de encontro mais tradicional para os colecionadores das figurinhas do álbum da Copa do Mundo.

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Cerca de 500 pessoas por dia passam pela praça nos meses que antecedem a competição para tentar completar a coleção com os cromos faltantes. O hábito, que começou na copa de 2002, se intensifica a cada ano.

A dinâmica reúne crianças e marmanjos de todas as idades e a lei da oferta e da procura rege as negociações. O estudante Fernando Sousa trocou seu maço de 130 figurinhas por dois cromos que faltavam para sua coleção. "Eu vim dois dias da semana na praça procurar os jogadores que faltavam e não tinha achado", assume.

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O local atrai, principalmente, as pessoas que estão prestes a completar o álbum ou aqueles que não conhecem outros colecionadores. "Venho aqui porque sei que vou conseguir passar para frente todas as minhas repetidas" admite. "No meu trabalho ninguém mais compra figurinhas, então tenho que vir aqui", completa.

Compra e venda

O escambo dos cromos é fundamental para que o álbum seja completo com um gasto menor. Ao todo, são 620 figurinhas das 32 seleções e dos 12 estádios do torneio. "É impossível completar o álbum sem trocas. Chega um momento em que você só consegue mais repetidas", explica o estudante Jean Marques, que procurava os últimos quatro jogadores faltantes para finalizar o álbum.

Mas quando a busca parece impossível, os fãs do esporte recorrem Gerson Teixeira, o ‘Rei da Figurinha’. Sentado em uma barraca ao centro da praça, ele negocia suas quase 10 mil figurinhas repetidas com os colecionadores mais desesperados.

Ele não revela a origem dos milhares de cromos, mas boa parte deles é conseguido com a sua dinâmica de trocas. "São três por uma", afirma. Quem quiser comprar as últimas faltantes também pode: ele vende o cromo normal por R$ 0,50 e estádios, símbolos das seleções e jogadores do Brasil por R$ 2. "Desde 2006 eu venho aqui trocar as minhas e ajudar os outros a completar o álbum", completa Teixeira.

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Troca de figurinhas na Praça da Ucrânia