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Quantidade de atos de violência diminuiu, mas na tarde de ontem um ônibus foi incendiado em Joinville | Rodrigo Philipps/Agência RBS
Quantidade de atos de violência diminuiu, mas na tarde de ontem um ônibus foi incendiado em Joinville| Foto: Rodrigo Philipps/Agência RBS

O combate aos atentados que vêm ocorrendo em Santa Catarina nos últimos oito dias contará com a ajuda da Força Nacional de Segurança. A informação foi dada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que esteve reunido com autoridades locais ontem. As tropas já auxiliaram na contenção da violência em fevereiro de 2013, quando outra onda de ataques comandada pela facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) atingiu várias cidades catarinenses.

Desta vez, disse o ministro, em declarações ao jornal Diário Catarinense, a Força Nacional agirá em parceria com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. No ano passado, as tropas se concentraram em ajudar na transferência dos líderes da facção para prisões federais. Informações sobre a data de chegada da Força ou do número do efetivo não foram repassadas para não atrapalhar o trabalho de controle da violência. Cardozo permanece no estado neste sábado.

A onda de ataques criminosos espalhados por 26 cidades de Santa Catarina começou no dia 26 de setembro e já afeta a rotina dos moradores: o comércio registra queda nas vendas e três universidades públicas suspenderam as aulas à noite. Ao menos 25 ônibus foram incendiados e foram registrados outros 33 ataques a agentes da segurança pública ou prédios da polícia. Segundo o governo, as ações ocorreram a mando de presos do Rio Grande do Norte, que estão na penitenciária federal de Mossoró.

A nova onda de violência – comparável às de 2012 e do ano passado – fez com que os ônibus deixassem de circular na Grande Florianópolis entre 19 h e 6h30. Por isso, lojistas de shopping, que atendem até as 22 h, têm criado alternativas – como pagar táxi ou alugar van – para levar funcionários para casa.

Com uma quantidade menor de pessoas nas ruas à noite, as vendas no comércio caíram 50%, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas. O delegado Procópio Silveira Neto, responsável pelas investigações, informou que a objetivo dos criminosos "é matar policiais". Em um áudio atribuído ao PCG presos pedem ajuda aos "irmãos em liberdade" para "tocar o terror". Dois suspeitos já morreram em confrontos com a polícia e um agente prisional aposentado também foi assassinado.

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