Brasília A declaração de bens feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos às eleições revelam que alguns são muito ricos. O deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ), que disputa uma vaga de senador, é o dono da maior fortuna: R$ 492 milhões, R$ 213 milhões a mais do que pretendem gastar os oito candidatos a presidente da República.
O vice-campeão dos candidatos milionários é o senador Paulo Octávio (PFL-DF). Ele ainda tem quatro anos de mandato pela frente. É candidato a vice-governador de Brasília na chapa do deputado José Roberto Arruda, também do PFL. Os bens de Paulo Octávio estão avaliados em R$ 323 milhões. Só a Paulo Octávio Investimentos Imobiliários, a maior construtora e incorporadora de Brasília, vale R$ 319 milhões.
O senador ainda é dono de hotéis e emissoras de rádio e tevê.
A declaração de bens dos candidatos revela também outros dados curiosos. O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) sempre guardou dinheiro debaixo do colchão. Declarou ao TSE que hoje tem R$ 320 mil lá, bem seguros. Ele não é o único a deixar o dinheiro em casa. O ex-senador Amazonino Mendes, que concorre ao governo do Amazonas pelo PFL, revela que tem mais de R$ 1,6 milhão guardados, em espécie. O mesmo fez André Puccinelli, candidato do PMDB ao governo de Mato Grosso do Sul. Ele disse à Justiça Eleitoral que dispõe de R$ 1,4 milhão em dinheiro.
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