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Comitê libera grávidas para volta ao trabalho

O Comitê de Controle e Prevenção da Gripe A (H1N1) de Curitiba considera que as gestantes podem retornar ao trabalho na segunda-feira. Já faz quase três semanas que elas foram afastadas devido ao risco de contaminação da nova gripe. O comitê entende que não houve maior gravidade da doença nesse grupo. Das 46 pessoas que morreram pelo vírus na capital, duas eram gestantes. A doença registra sinais de queda de incidência em Curitiba, mas a prefeitura alerta que os cuidados de higiene devem continuar. O Ministério Público do Trabalho define hoje se as gestantes devem ou não voltar.

Já não há mais restrição ao funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes após as 18h30 em Jacarezinho, no Norte Pioneiro. A prefeita Tina Toneti (PT) revogou ontem o decreto que impedia abertura do comércio após esse horário, proibia aglomeração de pessoas nas ruas e a realização de eventos artísticos, esportivos e religiosos à noite para evitar a proliferação do vírus A (H1N1). Quem desrespeitasse o decreto poderia pagar multa entre R$ 300 e R$ 1,5 mil. A decisão também cancelava as aulas de quase 6 mil alunos matriculados na rede municipal.

O decreto gerou polêmica desde a sua publicação, terça-feira, e virou alvo de críticas e até piadas na cidade de 39 mil habitantes. Na quarta, 50 empresários de comércios que abrem à noite foram à porta da prefeitura para protestar contra a decisão. O grupo exigia ao menos a flexibilização da medida.

Até o secretário de Saúde do Paraná, Gilberto Martin, esteve ontem na cidade e se encontrou com a prefeita para discutir o problema. No entanto, a revogação do decreto foi anunciada antes mesmo da chegada dele. O secretário disse que não se recomenda esse tipo de procedimento no combate à nova gripe e que as ações devem partir do protocolo adotado pela Secretaria.

Mas as maiores críticas partiram da população, que condenou a medida. O pastor evangélico Marcelino Aniceto, 33 anos, disse que a medida foi exagerada. "Acho que deve haver a preocupação, mas fechar o comércio e ainda proibir as pessoas de reunirem à noite é uma decisão extremada que, ao menos, poderia ter sido discutida com a comunidade", disse.

A feirante Otília Ramos Gon­çalves, 48, acredita que o decreto da prefeita poderia ter sido publicado depois de uma campanha de esclarecimento à população. "Muita gente foi pega de surpresa e isso causa prejuízo para as pessoas, mesmo que seja em nome da coletividade", avalia. Mesmo assim, as exigências do decreto foram obedecidas. Não houve uma multa sequer nos dois dias de vigência.

Para o secretário de Saúde de Jacarezinho, José Francisco de Souza Silva, a prefeita se baseou em estatísticas que mostram que o avanço da doença nas duas últimas semanas. Segundo ele, de junho até o final de agosto foram 11 casos da doença na cidade, saltando para 30 só nas duas última semanas. "O decreto obedecia justamente ao protocolo da Sesa. Não há polêmica", considera.

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