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São Paulo - A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e as universidades estaduais de Maringá (UEM) e Ponta Grossa (UEPG) deram um ultimato ao Ministério da Educação (MEC): ou recebem as notas do Enem até a segunda quinzena de janeiro ou não vão usar o resultado do exame no processo seletivo deste ano. A decisão foi protocolada em documento entregue ao MEC após reunião da Associação Brasileira dos Reitores de Universidades Esta­duais e Municipais (Abruem) em Manaus entre 14 e 17 de outubro.

A promessa do Inep – órgão do MEC responsável pelo Enem – é divulgar as notas da parte objetiva e da redação, juntas, até 5 de fevereiro. O Enem deveria ter ocorrido em outubro, mas o vazamento das questões levou o MEC a adiar a prova para o início de dezembro.

O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa e presidente da Abruem, João Carlos Gomes, afirma que as instituições não poderão adiar o início do ano letivo em razão do Enem. "Nós queremos usar o Enem, mas temos de divulgar nossos resultados entre 15 e 20 de janeiro", alega. As três instituições usam o Enem para fechar as notas de todos os vestibulandos. A UEPG usa a prova como bônus, enquanto UEM e Unesp usam o exame na composição da nota.

Gomes acredita que a solicitação possa ser atendida. "Pela experiência que temos em vestibular, talvez seja possível liberar a parte objetiva. Cabe ao Inep decidir se pode liberar o resultado das [questões] objetivas separadamente", afirma. Procurado pela reportagem, o Inep informou que ainda não tem uma resposta para as universidades. Unicamp e USP já avisaram que não vão poder esperar até fevereiro, e por isso desistiram de usar o Enem nas notas.

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