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Greve HC

UFPR cumpre liminar e começa descontar dias faltados dos grevistas

 | Divulgação/assessoria de imprensa
(Foto: Divulgação/assessoria de imprensa)

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estão em greve no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba desde 28 de maio, terão descontados dos salários os dias que faltados a partir desta terça-feira (12). O corte do ponto foi anunciado pelo reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, que disse estar cumprindo a liminar da Justiça Federal, que determinou o fim da greve no dia 6 de junho.

O presidente do Sindtest (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, RMC e Litoral), José Carlos Assunção Belotto, afirma que os grevistas decidiram manter a greve. O sindicato recebeu na manhã de segunda-feira(13) a notificação da liminar que determinava a volta ao trabalho em no máximo 12 horas. Belotto entende que a decisão judicial está sendo cumprida. "A liminar exige que os pacientes do hospital tenham atendimento e isso está acontecendo. Os pacientes estão sendo atendidos", afirma o presidente.

Um balanço, feito pela Reitoria da UFPR, mostra que dos 3.753 funcionários no HC apenas 13 funcionários faltaram ao serviço nesta terça. Eles já terão o dia descontado do salário. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos nove funcionários, dois permaneciam em greve. A Central de Agendamento, um dos setores mais afetados com a paralisação, havia 10 funcionários trabalhando dos 15 de seu quadro normal. O tempo de espera na fila foi de duas horas, mas a demora já seria normal antes da greve. Na segunda-feira o número de funcionários faltosos foi bem maior, chegou a 74.

O Sindtest pretende entrar com um recurso contra a decisão da Justiça Federal, mesmo acreditando que está cumprindo a liminar. Belotto afirma que a determinação judicial fere o direito de greve dos trabalhadores.

O reitor anunciou, também, que os funcionários contratados pela Fundação Universidade Federal do Paraná (Funpar) devem receber aumento salarial de 5%. Os servidores em greve, que são contratados pelo Ministério da Educação (MEC), têm de esperar decisão Federal sobre o pedido de reposição salarial.

Os grevistas protestavam, ainda, contra um projeto que transformaria os Hospitais Universitários em fundações estaduais. O reitor afirmou que, em uma reunião realizada na segunda-feira em Brasília com representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o Ministério da Educação comunicou que não pretende implantar em seus hospitais o mesmo sistema de fundações estatais que seria adotado pelo Ministério da Saúde.

Sala de espera ficou lotada de pessoas que aguardam atendimento

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