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A Universidade Federal do Paraná (UFPR) está estudando a possibilidade de suspender a resolução que impede os calouros de cursar outra universidade pública. A norma causou polêmica, principalmente por ter sido anunciada após a realização do vestibular. Muitos estudantes que pretendiam cursar outra faculdade em paralelo com a UFPR ou que já estudam em alguma outra instituição pública se sentiram prejudicados.

Diante da possibilidade de sofrer ações judiciais questionando a resolução, a universidade decidiu repensar a decisão. "Tivemos uma reunião nesta semana e a Pró-Reitoria de Graduação achou por bem fazer um estudo de vulnerabilidade jurídica. Não adianta insistirmos em uma medida se não há respaldo jurídico", comentou o reitor Zaki Akel Sobrinho. No entanto, a UFPR não desistiu de implantar a nova regra. Se não entrar em vigor neste ano, a resolução poderá ser adotada no próximo vestibular. Até o fim da semana a instituição deve anunciar seu posicionamento.

Além da UFPR, outras universidades já proíbem o vínculo com mais de uma instituição, entre elas a Universidade de São Paulo (USP). Mas o projeto de lei 6630/06 – já aprovado pela Câmara dos Deputados e que aguarda a apreciação do Senado – prevê que nenhum estudante ocupe mais de uma vaga em instituições públicas de ensino superior do Brasil.

Prejudicada

A estudante L.O.S foi uma das pessoas que se sentiram prejudicadas pela norma da universidade. Aluna da UTFPR, ela foi aprovada também no curso de Ciências Biológicas na UFPR. "Estou apenas desenvolvendo o trabalho de conclusão de curso. Não tenho mais aulas, mas ainda estou matriculada", reclama. "Estou muito preocupada pois não posso abandonar meu trabalho de conclusão pela metade e nem abrir mão da oportunidade do novo curso só porque a UFPR mudou as regras no meio do jogo." Assim como outros estudantes, ela deve acionar a Justiça para garantir a vaga.

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