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O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, suspendeu a negociação interna para a implantação de um controle de frequência de servidores, que poderia usar o sistema de cartão-ponto. A decisão foi tomada ontem em uma reunião com um grupo de 50 técnico-administrativos que entregaram um manifesto contrário à medida voltada exclusivamente aos cerca de 2 mil funcionários desta área na universidade.

Eles pedem que os mais de 2 mil professores sejam incluídos também em mecanismos de controle de presença no trabalho. Além disso, os servidores apresentaram a reivindicação nacional de reduzir a atual jornada de 40 horas semanais para 30 horas, ponto que o reitor aceitou discutir.

Na última quinta-feira, os técnicos chegaram a aprovar em assembleia um indicativo de greve para pressionar a reitoria. A categoria classificou como elitista a proposta de implantação do controle de presença apenas para técnicos.

No encontro, o reitor falou que não era a intenção que o assunto chegasse a um impasse e disse que a pretensão sempre foi levantar a discussão para que toda a comunidade acadêmica se mobilizasse para definir qual a melhor maneira de fazer o controle de presença dos servidores.

Legalidade

Zaki lembrou que há um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que exige que as universidades façam este tipo de controle e se comprometeu a encaminhar ao Conselho Universitário a reivindicação de redução da jornada. Ainda deverá ser criada uma comissão para levantar os impactos da medida. "Vamos fazer a discussão da jornada e suspendemos a questão do controle de frequência. A ideia é criar um entendimento."

Nos discursos, os técnicos fizeram questão de mostrar que são a favor de meios para confirmar a presença dos servidores da UFPR, desde que os professores sejam incluídos. O problema é que os docentes têm um contrato de trabalho diferente dos técnicos, em que parte do trabalho não é necessariamente feito dentro da universidade, como a correção de avaliações. A Associação dos Professores da UFPR foi procurada para comentar o assunto, mas a reportagem não obteve retorno.

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