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Curitiba – Dos quatro paranaenses envolvidos no escândalo das sanguessugas, apenas um vai disputar as eleições de 1.º de outubro. Iris Simões (PTB) pretende continuar em Brasília, apesar das denúncias. Os outros três (Santos Filho, Márcio Matos e Basílio Villani) já não tinham mandato.

A CPI das Sanguessugas investiga parlamentares que teriam recebido propina para colocar emendas ao orçamento, para a compra de ambulâncias superfaturadas por prefeituras em seus redutos eleitorais.

O advogado e ex-deputado Joaquim Santos Filho afirmou que já se colocou à disposição da Justiça de Cuiabá (MT), onde começou a investigação da máfia dos sanguessugas. "Não conheço o processo. Não preciso de dinheiro. Ele (Luiz Vedoin) foi ao meu gabinete. Ele percorria todos os gabinetes. Disse que não intercederia pelos negócios dele (venda de ambulâncias) junto aos municípios da minha base", afirmou Santos Filho. O procurador do estado aposentado, que foi deputado federal por três mandatos, disse que está aposentado da vida pública. Ele informou ainda que vai pedir licença do PFL para "não constranger o partido" enquanto durar a investigação.

Basílio Villani (PSDB) foi deputado federal por quatro mandatos. Administrador e bancário, foi filiado ao antigo PDS, PMDB, PPB, PPR, PRN e PTB. Foi presidente do PSDB paranaense de 2001 a 2003.

O médico Márcio Artur de Matos, funcionário de um hospital particular em Telêmaco Borba, esteve na Câmara dos Deputados por dois mandatos seguidos. Na sua primeira legislatura assumiu a vaga como suplente. Foi filiado ao PMDB, PT e PTB. Segundo informações do Partido Trabalhista Brasileiro, Matos não integra mais a agremiação.

Sem retorno

O radialista Iris Simões (PTB) está em seu segundo mandato. Foi vereador em Curitiba. Passou pelo PL, PPB, PSDB e está desde 1997 no PTB. Ele é o atual presidente do partido no Paraná.

A reportagem está tentando falar com o deputado Iris Simões desde quando o nome dele foi citado na lista dos envolvidos pela CPI dos Sanguessugas, mas até ontem não obteve retorno. A Gazeta do Povo procurou também Basílio Villani e Mácio Matos, deixou recados, mas até o fechamento desta edição não teve sucesso.

O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), deve apresentar o relatório parcial no dia 18 de agosto. Só vão aparecer os nomes dos parlamentares cujas provas já são suficientes para incriminá-los.

Ricardo Marques de Medeiros e agências

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