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Estudantes descobrem vocação

O projeto Educomunicação em Bandeirantes também revelou ser um norteador para as vocações dos estudantes. Welington Fonseca, 18 anos, aluno do curso de fotografia, explica que depois de aprender a manusear uma câmera fotográfica teve noção da importância do trabalho de captar imagens.

"Antes, tirar uma foto era só apertar o botão", afirma o estudante. Aprendi muitas coisas que não imaginava ser necessário para se produzir uma imagem com leituras. Quero me profissionalizar", revela. "Coisas que eu nem imaginava eu aprendi aqui, como por exemplo que é preciso ter um objetivo claro para fazer uma foto e que mesmo assim sua foto pode ter outras leituras, outros sentidos", completa.

O jornalista Tiago Dedoné, coordenador do projeto, explica o entusiasmo dos estudantes. Segundo ele, o projeto de pesquisa mostrou que a comunicação, seja de qualquer forma, está ao alcance de todos, independente de condição social. "Para isso, bastam ações efetivas descentralizadas e socialmente comprometidas com o desenvolvimento da comunidade", diz.

Bandeirantes – Na pequena cidade de Bandeirantes, no Norte do Paraná, os alunos não resolvem mais só problemas de Matemática e decifram enigmas da Língua Portuguesa. Eles também são convidados a analisar filmes e fotos. Mais do que isso: são convocados a fazer seus próprios documentários e fotografias.

A introdução da máquina digital e das oficinas de audiovisual e fotografia no município estão mudando o jeito da garotada da cidade entender o mundo e a mídia. No total, o projeto, desenvolvido pelo Departamento de Comunicação Social da prefeitura da cidade e com o apoio da Faculdade Cristo Rei, com sede em Cornélio Procópio, atende 3 mil alunos de 13 escolas municipais, sete centros de educação infantil e da Apae. Também participam da proposta 150 idosos do município.

Um dos resultados do projeto, batizado de Educomunicação, foi despertar nas crianças e adolescentes o interesse em produzir e criar. A diretora da Escola Municipal Leda de Lima Canário, professora Maria Arlete Bragança, conta que o projeto proporcionou aos alunos a possibilidade de conhecer a história e personagens do local, através da produção de um documentário. "Os alunos puderam aprender de uma maneira prazerosa como funciona uma produção de audiovisual. Eles se interessaram, procuraram informações. Realmente a gente via a satisfação deles em estar fazendo este trabalho", explica a diretora.

Quem também comemora os resultados do projeto nas escolas é a professora Ilda dos Santos, da escola Municipal Moacyr Castanho. Em uma aula de discursos fotográficos, ela levou os alunos para o passeio nas instalações da escola. "Eu os incentivei a fazer leituras do local e com uma máquina digital na mão, permiti que cada um deles escolhesse uma imagem da escola para documentar", detalha.

Ilda explica que o resultado foi surpreendente porque os alunos fizeram fotos dos pontos mais inusitados do colégio: do bebedouro, da quadra, das flores no jardim, da diretora, do formigueiro e até do vaso sanitário. "Então, pedi depois para que eles escrevessem sobre a imagem escolhida. Pude avaliar a observação, o trabalho em equipe e a produção de texto", conta com entusiasmo.

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