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A equipe do Instituto GRPCom desenvolve ações nas áreas de educação, cultura e meio ambiente: projetos com cara única | Walter Alves/Gazeta do Povo
A equipe do Instituto GRPCom desenvolve ações nas áreas de educação, cultura e meio ambiente: projetos com cara única| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Depoimento

José Carlos Fernandes, jornalista.

Sabatinas do Ler e Pensar

Faz uns bons anos que dou uma mãozinha no Instituto GRPCom. Mãozinha mesmo. Nem uma nem duas vezes me peguei pensando como é que a Clarice López de Alda e a Ana Gabriela Simões faziam tantas tarefas com um exército tão pequeno. Além de trabalhar pesado, a resposta é só uma: elas influenciam pessoas.

Parece título de livro de autoajuda. Mas não é. Aqui na redação da Gazeta do Povo vários jornalistas aderiram aos projetos do instituto e os incluíram na agenda. De manhã, não raro, tem alguém saindo rumo a algum colégio em Colombo ou Almirante Tamandaré para falar com crianças e adolescentes assistidos pelo Ler e Pensar, o braço mais conhecido do IGRPCom.

Posso garantir que essas experiências vão parar no álbum das lembranças. Saímos melhores de cada sabatina com a piazada. É verdade que nem sempre a gente consegue dar conta da turminha da 4.ª série. Mas no final, gaguejemos ou falemos bonito, tem pedidos de e-mail, foto, perguntas mil e a certeza de que custa pouco, muito pouco, fazer diferença na vida de uma criança. Basta estar lá, com ouvidos a postos, ajudando a romper a barreira entre a escola e a rua.

Já perdi as contas de quantos alunos me interrogaram sobre os perigos da vida jornalística, se estudei em colégio público e se decidi ser jornalista ainda no berço. E fico esperando a hora em que vão querer saber qual foi "a matéria da minha vida".

Difícil saber, mas acabo sempre optando por falar de reportagens que os façam olhar ao seu redor. É a melhor medida. Afinal, a gente não vai a uma escola para inspirar os alunos a seguirem nossa carreira. Nem para colocá-la no centro do universo. Mas para mostrar que há algo no jornalismo que fica bem em qualquer profissão: a curiosidade.

E aqui vai uma confidência. Há uma poção mágica para atrair a turminha do Ler e Pensar: falar-lhes das peripécias de gente como dona Liamir Hauer ou o doutor Ralf Kyrmse, para citar dois octogenários que já passaram pela minha pauta. Os alunos adoram saber dos feitos daqueles que muito viveram. Suspeito que gostam de brincar, mas que, não importa de qual vila sejam, guardam planos de serem grandes quando crescerem. Procuram inspiração. Não sejamos nós a impedir.

  • Conheça as iniciativas do IGRPCom

O Instituto GRPCom, braço social do Grupo Paranaense de Co­municação (GRPCom), comemora hoje dez anos de criação com um café da manhã no Gra­ciosa Country Club, em Curitiba. No encontro, o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, fará uma palestra com o tema "O papel social da mídia". Em dez anos de história, o instituto, uma entidade sem fins lucrativos qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interessa Público (Oscip), já desenvolveu cerca de 20 projetos voltados para a responsabilidade social. Atualmente, o instituto faz a gestão de 17 projetos. Com sede em Curitiba, mas presente em todo o Paraná, o IGRPCom atua principalmente em projetos nas áreas de educação, cultura e meio ambiente. Inicialmente chamado de Instituto RPC e alocado no porão do departamento comercial da emissora, no bairro Batel, o IGRPCom nasceu com a atribuição de reestruturar o projeto Ler e Pensar e sistematizar ações sociais que as empresas do grupo já desenvolviam de maneira autônoma. "O Ler e Pensar estava pe­­queno e era mais lúdico do que voltado para a leitura de jornal. A ideia também era profissionalizar e deixar os projetos com uma cara única", conta a diretora do instituto, Clarice López de Alda.

Assim, o Instituto GRPCom assumiu o compromisso pela responsabilidade social interna e externa do grupo. "A caminhada foi aos poucos. Ano a ano", diz Clarice. Mesmo crescendo em tamanho e importância, o projeto Ler e Pensar, revela Clarice, continua a ser a menina dos olhos do instituto. A iniciativa, que nasceu na redação da Gazeta do Povo em 1999, hoje está presente em mais de 300 escolas públicas e particulares de Curitiba e região metropolitana. Estima-se que cerca de 1 milhão de alunos e professores já tenham sido atingidos pelo projeto.

A parceria desenvolvida ao longo de uma década de trabalho com diversas entidades, entre instituições de ensino superior do estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Instituto dos Advo­gados do Paraná, União Nacional dos Dirigentes Muni­cipais de Educação, Sindi­­cato das Escolas Particulares e poder público, entre outros, também foi primodial, revela Clarice.

Se por um lado a atuação do instituto beneficia a comunidade interna e externa com projetos voltados para o desenvolvimento social, o IGRPCom acaba se tornando também um meio de disseminar os valores do próprio grupo. "Nós não trabalhamos só com marketing social, porque senão não haveria continuidade nos projetos, mas as ações do instituto trazem, sim, credibilidade ao grupo e nós queremos essa credibilidade, que é legítima", afirma Clarice.

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