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A "era das galerias" começou em Curitiba juntamente com os anos JK, em 1956. O mundo, então, parecia vestido de dourado, uma atmosfera a que a Lustosa, a primeira do gênero na cidade, escura e estreita, talvez não fizesse jus. Mas tinha remédio. A galeria do Edifício Asa, em 1958, a elegante Tijucas, em 1960, e a Suíssa, em 1962, vieram para dar contas de que o mundo estava mudando com a velocidade de um Karmann Ghia vermelho.

O Plano Diretor de Curitiba, criado em 1965, iria prever miolos-de-quadra, aqueles recuos prediais necessários para que a cidade respirasse, ganhasse vitrines e, com sorte, galerias. Em 1968, a Andrade e a Minerva, ambas bem-nascidas (largas e iluminadas), sinalizavam que nada seria como antes. Por ironia, a "era das galerias", capaz de aproximar Curitiba do Rio de Janeiro ou de Roma, passa a ter na Rua XV sua "galeria a céu aberto".

O poder público insistiu na idéia – galeria encurta caminho e adula quem passa com loterias, cabeleireiros, relojoarias, cafés. Por isso, a lei de zoneamento (9.800/2000) permite ampliar a área construtiva caso o empreendedor faça uma área comercial no térreo.

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