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O R1T1 ao lado de seu “criador”, o engenheiro Antonio Dianin | Arquivo pessoal/Antonio Henrique Dianin
O R1T1 ao lado de seu “criador”, o engenheiro Antonio Dianin| Foto: Arquivo pessoal/Antonio Henrique Dianin

MODELOS

Desenvolvido com foco na saúde, marketing e grandes corporações, o primeiro modelo do robô de telepresença foi planejado para funcionar por, pelo menos, duas horas. Após algumas alterações, a bateria passou a durar até seis horas.

Os novos modelos, já em fase de conclusão, deverão chegar ao mercado com capacidade de 24 horas de duração – ao menos é o que promete o desenvolvedor do sistema.

No HUM, o robô tem sido utilizado sem custos, apenas em caráter de teste.

Os robôs não são vendidos. Eles são alugados por contratos de duração variável, de um dia a um ano. Os valores do aluguel também são negociáveis, podendo chegar a R$ 48 mil para contratos anuais.

ROBÔ

R1T1 pode ter mil e uma utilidades

A coordenadora do Núcleo de Pesquisa Clínica, Sandra Bin, explica que novas possibilidades de uso para o R1T1 são apontadas a cada discussão com o núcleo. Ela prefere não revelar as próximas empregabilidades do robô, mas garante que são muitas. Sandra se diz satisfeita com os avanços conquistados com a nova tecnologia no hospital, entre eles a possibilidade de conexão de pessoas internadas há meses com os parentes em casa. A "visita virtual" é feita com a ajuda da internet, bastando que a família esteja conectada à rede.

"Na semana passada, uma avó internada há seis meses pôde conhecer o netinho pela tela do robô. Foi emocionante ver a reação dela e da família", conta. Para Antonio Henrique Dianin, criador do robô, essa é uma maneira de trabalhar com mais humanização. "O ambiente de hospital tende a ‘roubar’ as pessoas amadas da gente por um tempo. A máquina pode amenizar um pouco a saudade."

Médicos, enfermeiros e estudantes de Medicina do Hospital Universitário de Maringá (HUM), no Norte do Paraná, terão uma experiência no mínimo inusitada durante as atividades do Dia Mundial de Controle de Infecção Hospitalar, comemorado em 15 de maio. Os treinamentos ficarão a cargo do primeiro robô de telepresença do Brasil, o R1T1, desenvolvido pelo engenheiro de produção Antonio Henrique Dianin, graduado na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Por enquanto, o HUM é o único hospital a fazer uso do sistema. O robô, que se desloca, emite sons, registra e exibe imagens, já vem sendo testado nas dependências do hospital em outras experiências. Agora, o Núcleo de Pesquisa Clínica (NPC) pretende utilizá-lo para reformular a aplicação de cursos básicos e contar com o auxílio da tecnologia para garantir atenção dos participantes.

Vídeos

O primeiro treinamento ocorrerá durante as atividades do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). O R1T1 será o responsável por apresentar os vídeos explicativos, fazer a conexão com outros participantes em outros estados e países e aplicar jogos de interatividade, como um quiz com perguntas e respostas referentes ao assunto.

"Ensinar como se lava as mãos corretamente não é algo que gera interesse. Chega uma hora que tudo precisa de inovação. Acredito que além de despertar curiosidade, vamos ter um novo conceito a ser explorado nos treinamentos", diz a coordenadora do NPC, Sandra Bin.

Sandra explica que, pela facilidade de controlar o robô, não haverá necessidade de treinar os funcionários. No entanto, durante as atividades do SCIH, ela contará com o auxilio de um técnico de informática do hospital para executar as funções da máquina. "É muito simples dar as coordenadas. Ele [o robô] pode ser facilmente controlado, até por uma criança", garante Dianin.

O R1T1 opera pelo ambiente Windows, compatível com o sistema do hospital e com qualquer dispositivo móvel, podendo ser controlado por um tablet, por exemplo. Além disso, possui sensores de presença que o auxiliam a identificar obstáculos, o que evita "tropeços". Os rostos das pessoas também são buscados pelos sensores. Dessa forma, explica o engenheiro de produção, o robô nunca fica de "costas" para as pessoas. "Durante o treinamento, todos terão atenção", brinca.

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