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A umidade relativa do ar pode chegar a 11% hoje em algumas regiões do estado. Ontem, em Curitiba foi repetido o índice atingido no dia anterior, 15%. Desde terça-feira, segundo o Instituto Simepar, está sendo registrada umidade abaixo dos 20%, o que fez com que a Defesa Civil decretasse situação de alerta, já que a quantidade reduzida de vapor na atmosfera pode trazer conseqüências para a saúde, como aumento de casos de asma, rinite e sinusite.

Medidas simples podem amenizar esses efeitos no organismo. A médica Margarete Solá Soares, do Programa Saúde da Criança de Curitiba, sugere a ingestão de no mínimo oito copos de água por dia, a colocação no ambiente de uma toalha molhada ou vasilhame com água (a vaporização auxilia a aliviar a baixa umidade) e o consumo de frutas coloridas (repõem as vitaminas A e C no organismo). "Além disso, não é recomendável andar sob sol (sobretudo das 10 às 16 horas), o que pode causar sangramento nasal", aponta.

A baixa umidade também tem colaborado para a poluição do ar. O químico Eliseu Esmanhoto, responsável pelo monitoramento da qualidade do ar no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), explica que a falta de chuva impede que a poeira absorva água. Dessa maneira, as partículas não só deixam de ser levadas pela água, como ficam mais leves, mantendo-se na atmosfera. "A qualidade do ar está regular, o que não é preocupante. Mesmo assim a população não está respirando ar de boa qualidade", salienta.

Incêndios

Os incêndios são outra preocupação. Tudo por causa da mistura de estiagem, baixa umidade e irresponsabilidade. A pouco menos de quatro meses do fim do ano, o estado já registra 20% mais focos de incêndio do que em todo o ano de 2005. Nos 12 meses do ano passado foram 5 mil incêndios, contra 6 mil registrados até a primeira quinzena de agosto.

O tenente do Corpo de Bombeiros Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenação Estadual da Defesa Civil, diz que falta colaboração da população. "Alguns não se dão conta da gravidade do momento e continuam usando o fogo para limpar terrenos baldios", afirma. Desde 27 de julho, uma portaria do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proíbe queimadas. A multa para quem infringir a determinação é de R$ 1,5 mil por hectare incendiado em áreas florestais e de R$ 1 mil por hectare em áreas agrícolas.

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