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Brasília (AE) – A União Européia (UE) confirmou na quinta-feira a suspensão da importação de mel produzido no Brasil sob a alegação de que o país não tem equivalência com o bloco no que se refere às diretivas para controle de resíduos e qualidade do produto. A decisão entra em vigor a partir de hoje e deve prejudicar os apicultores do Paraná, segundo maior produtor de mel do país.

Para tentar retomar as vendas para o mercado europeu, os técnicos do Ministério da Agricultura prestarão novos esclarecimentos à Direção de Saúde e Proteção do Consumidor da UE, detalhando as ações de fiscalização e controle de resíduos no mel. Pela decisão do bloco, o embargo não se aplicará às remessas do produto em trânsito antes da entrada em vigor da medida. Apesar do embargo ao mel, a Comissão Européia aprovou a equivalência para bovinos, ovinos, caprinos, suínos, eqüídeos, aves de capoeira, aqüicultura e leite produzidos no Brasil.

Para tentar convencer a UE a retomar as importações do mel brasileiro, o ministério argumentará que o Programa Nacional de Controle de Resíduos (PNCR) para o exercício 2006 inclui o monitoramento do produto e prevê exames de 19.613 amostras, cerca de mil amostras a mais que em 2005.

Para o assessor da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, Lino Colsera, a suspensão das exportações de mel para a Europa trará prejuízos especialmente para a Região Nordeste, onde o produto tem grande importância sócio-econômica.

Em 2005, o Brasil exportou 14,4 mil toneladas de mel para a União Européia, apesar das várias análises realizadas no produto naquele bloco comercial, gerando uma receita de US$ 18,9 milhões. São Paulo (US$ 7,72 milhões), Ceará (US$ 3,4 milhões) Piauí (US$ 3,05 milhões) e Santa Catarina (US$ 2,93 milhões) foram os principais exportadores.

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