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A União Européia quer evitar que seus parceiros comerciais reajam de forma exagerada às notícias sobre o surgimento de casos de gripe aviária na França, depois que o Japão suspendeu as importações de carne de ave da França e ameaçou fazer o mesmo com a Holanda. A medida tomada pelo Japão alarmou os dois maiores produtores de carne de aves da Europa depois que testes confirmaram que o vírus mortal H5N1 de gripe aviária atingiu uma fazenda na região leste da França, o primeiro caso do vírus encontrado num cativeiro doméstico de aves na União Européia.

"Enquanto se entendo a decisão como uma medida preventiva, qualquer ação deve ser observada com as devidas proporções. Pode haver uma tendência ao exagero e isto pode ser muito perigoso", disse o comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson.

O vírus é altamente contagioso entre aves e pode se espalhar por toda uma criação de aves em questão de horas. O contágio em humanos ainda é difícil, mas já matou mais de 90 pessoas em todo o mundo.

A China disse no sábado que duas pessoas estão criticamente enfermas após contraírem o víru H5 N1, enquanto a Indonésia afirmou que testes confirmaram que uma mulher que morreu na última segunda-feira foi a 20ª vítima morta pelo vírus naquele país.

A confirmação da ocorrência da cepa do H5N1 na França, numa fazenda onde dezenas de perus morreram ou foram sacrificados, ameaça seriamente a indústria de carne de aves na França - avaliada em 6 bilhões de euros (US$ 7 bilhões) por ano e o maior produtor entre as 25 nações que integram a União Européia.

A Holanda é o Segundo maior produtor de aves na Holanda, com exportação de aves vivas, carne de ave e ovos avaliada em 1,5 bilhão de euros por ano.

Os resultados positivos para testes aplicados a um pato selvagem e um cisne encontrados mortos numa região próxima à fronteira entre a Alemanha e a Polônia indicam uma aparente disseminação do vírus H5N1 num quarto estado alemão.

O presidente francês Jacques Chirac, que já foi ministro da agricultura, tentou sufocar uma onda de pânico, após encontrar com fazendeiros e veterinários numa feira de agronegócios em Paris, onde não há aves a mostra este ano, por preocupações de saúde.

- Infelizmente, pode-se ver uma completa e injustificada espécie de onda de pânico surgindo - disse Chirac, acrescentando que "não há riscos em se comer carne de aves e ovos".

As vendas de carne de aves na França já caíram cerca de 30% e o pânico vem aumentando desde que a incidência de gripe aviária foi detectada na quinta-feira, numa fazenda com 11 mil perus em Ain, a mesma região onde também foram confirmados dois casos da doença entre patos selvagens.

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