A reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciou na manhã desta sexta-feira, 27, que autorizou a entrada da Polícia Militar (PM) no campus, após a morte do estudante Denis Papa Casagrande, de 21 anos, esfaqueado durante uma briga em uma festa clandestina, no último sábado, 21.
"A Unicamp aceitou prontamente a oferta do governador (Geraldo Alckmin) para que a polícia pudesse entrar e circular pelo campus. Essa atitude era até desnecessária, porque a polícia sempre teve competência constitucional para fazer", afirmou a pró-reitora de desenvolvimento universitário, Teresa Atvars.
Na quarta-feira, 24, Alckmin afirmou que a Polícia Militar está à disposição da Unicamp para fazer a segurança no campus, em visita a Araras, interior de São Paulo. "A USP em São Paulo, concordou em ter ação policial dentro do campus da universidade. Deu até uma grande polêmica, mas nós pusemos", citou o governador.
A presença policial na universidade é polêmica. O Diretório Central Estudantil é contra. "A reitoria está usando o crime para implementar medidas que há muito tempo tenta executar, como a restrição física de acesso ao campus e a militarização do espaço", criticou uma das coordenadores do DCE, Diana Nascimento de 23 anos. "Somos contra essas medidas. Em 2002, um aluno foi morto pela PM no campus de Limeira. Ele era o único negro ali e foi confundido com um assaltante."
Durante entrevista coletiva na Unicamp nesta manhã, a pró-reitora afirmou que "já houve conversa entre a alta administração da universidade e o comando da PM" e que a polícia já está na universidade nesta sexta-feira.
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