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Está marcado para hoje o primeiro dia de greve dos servidores municipais da saúde, em Curitiba. Todo o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) deve ser paralisado. Apenas atendimentos de urgência e emergência nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) devem ser ofertados, o que equivale a 30% da oferta de serviços à população, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). A partir das 8 horas os servidores devem se reunir em frente à Câmara Municipal de Curitiba, onde o prefeito Gustavo Fruet estará presente para o início do ano legislativo.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os trabalhadores são obrigados a manter 100% do atendimento de urgência e emergência nas UPAs e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em caso de greve. Além disso, as UBS devem atender 30% da demanda, o que corresponde a atender casos agudos e reagendar as consultas eletivas.

Assembleia

A paralisação foi definida em assembleia dos trabalhadores na última quinta-feira e mantida na sexta-feira, após proposta de negociação da prefeitura. A principal motivação seria os R$ 1,5 milhão que a prefeitura deve aos servidores da saúde, segundo o sindicato. Desse valor, R$ 660 mil seriam referentes a 31 mil horas extras não pagas aos servidores. Outros R$ 900 mil são referentes ao reajuste salarial concedido pela prefeitura conforme a inflação.

A SMS diz ter feito o pagamento das horas extras referentes a dezembro no salário de janeiro, depositado na sexta-feira. As demais seriam parceladas em, no máximo, seis vezes a partir deste mês. Já o reajuste salarial deve ser pago em março, retroativo a janeiro e corrigido pela inflação. Na avaliação do Executivo municipal, a greve é injustificada, porque as demandas teriam sido atendidas. Já o sindicato considera a proposta insuficiente, e insiste que o pagamento das horas seja depositado ainda em fevereiro.

No final de 2014, a Secretaria Municipal de Recursos Humanos comunicou aos servidores municipais que os benefícios salariais definidos para diversos cargos pela Lei 14.442/2014, a partir de 1.º de dezembro foram adiados por decreto municipal. O Sismuc considera o decreto ilegal, e a categoria aprovou greve para exigir o pagamento imediato das divisas.

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